O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu firmemente a uma reportagem da revista britânica The Economist que abordou o papel do STF na política brasileira. Em comunicado divulgado no site do STF, Barroso criticou o conteúdo do texto, alegando que este se alinha mais aos discursos de grupos golpistas do que à realidade institucional do país.
Publicada em 16 de abril, a matéria intitulada “A Suprema Corte do Brasil está em julgamento” destacou o ministro Alexandre de Moraes como simbolizando uma suposta atuação excessiva do Judiciário. O texto mencionou a suspensão da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, e decisões monocráticas como sinais de desequilíbrio entre os poderes.
Em sua resposta, Barroso enfatizou que a reportagem negligenciou o contexto mais amplo da crise democrática recente no Brasil. O ministro mencionou a invasão das sedes dos Três Poderes, o incidente de 8 de janeiro de 2023, bem como episódios como a tentativa de ataque com bomba no aeroporto de Brasília e um alegado plano golpista que incluía até mesmo assassinatos de figuras políticas.
Barroso também fez menção à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, aceita pelo STF, que aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos articuladores de uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro nega as acusações.
“O Brasil desfruta de uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos, e respeito aos direitos fundamentais”, declarou Barroso, ressaltando que os responsáveis por ações antidemocráticas estão sendo processados com todas as garantias legais.
Para Barroso, o Supremo desempenhou um papel crucial na proteção das instituições, evitando um colapso semelhante ao ocorrido em países do Leste Europeu e da América Latina.
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