Decisão de Trump faz fornecedores da Shein fecharem as portas na China

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

A partir de 2 de maio, remessas internacionais com valor de varejo de até US$ 800 deixarão de ter isenção de impostos de importação nos Estados Unidos. Essa medida, revelada por Donald Trump, causou o fechamento de fornecedores chineses de fast fashion, especialmente aqueles que abastecem a varejista Shein localizada em um distrito de Guangzhou conhecido como “Vila Shein”. A empresa, juntamente com a Temu, anunciaram um aumento nos preços das remessas destinadas ao país.

Impacto das Medidas de Trump

A decisão de Trump conhecida como “de minimis” atraiu consumidores dos Estados Unidos para lojas virtuais como a Shein, devido aos preços mais baixos. Isso afetou diretamente a cadeia de produção dos fornecedores da marca, diminuindo as vendas e pedidos na famosa varejista.

Como consequência, a redução na demanda fez com que fornecedores encerrassem suas atividades, resultando em estoques parados e produtos inacabados. Alguns empresários locais chegaram a vender diretamente por meio das redes sociais. A Shein, por sua vez, tem incentivado os fornecedores a transferirem a produção para o Vietnã como forma de reduzir o impacto das tarifas impostas por Trump.

Dificuldades

Pequenos negócios, sem recursos para se realocar, foram obrigados a fechar. Fabricantes de diversas cidades, como Panyu e Dongguan, também enfrentam dificuldades. Em meio à guerra comercial entre EUA e China, os fornecedores chineses estão ampliando os negócios na Ásia, com envios mais acessíveis e rápidos para países vizinhos como Japão e Singapura.

Antes mesmo da reeleição de Trump, empresas dos EUA já estavam se retirando do mercado chinês. Uma fábrica em Dongguan perdeu quatro clientes americanos no final de 2024, resultando em um prejuízo anual de US$ 150 mil, uma vez que as exportações representaram 80% de seu faturamento no ano passado.

Outros Mercados

Empresas chinesas aumentaram as remessas para os EUA para evitar tarifas, o que resultou em um aumento de mais de 9% em março deste ano em comparação com 2024. Com as tarifas anunciadas por Trump, espera-se uma queda nas vendas para os EUA e um aumento nos mercados europeu e asiático, com preços reduzidos.

Como resposta, os consumidores americanos têm buscado sites de comércio eletrônico que vendem por atacado, como Alibaba, DHgate e Taobao. Desde 17 de abril, esses sites subiram para a segunda e quinta posições na AppStore dos EUA, respectivamente.

Faça parte dessa discussão e compartilhe suas opiniões sobre as recentes decisões internacionais que afetam o mercado de vestuário!

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Flávio Bolsonaro avança no ranking de presença digital entre presidenciáveis, mas Michelle permanece no topo

Michelle Bolsonaro se destaca entre os presidenciáveis de 2026, liderando a participação digital dos candidatos. A pesquisa realizada pela Consultoria Datrix revelou avanços...

Netanyahu declara que não deixará a política em busca de um indulto

Neste domingo, 7 de dezembro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não tem planos de se afastar da política, mesmo com...

VÍDEO: Flávio Bolsonaro indica que candidatura seria moeda de troca e existe “preço” para não permanecer em disputa

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste domingo (7), que há um "preço" para continuar em sua candidatura à presidência nas eleições de...