São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está ampliando o investimento no programa Smart Sampa, que monitora as ruas da cidade com reconhecimento facial. Essa iniciativa representa um marco de sua gestão e é vista como um passo importante para suas ambições políticas. Com um aumento de 88% no orçamento destinado ao monitoramento urbano, que passou de R$ 45 milhões para R$ 80 milhões, Nunes evidencia sua prioridade em segurança.
O valor designado para o Smart Sampa é dez vezes superior ao destinado à proteção escolar, sinalizando um direcionamento claro para a segurança pública. A postura enfática em relação à segurança urbana e a tentativa de transformar a Guarda Civil Metropolitana em Polícia Metropolitana demonstram o comprometimento do prefeito com essa pauta.
O destaque para a segurança é estratégico, alinhado a um discurso duro que tem como alvo a preocupação da população com a criminalidade, além de atrair o eleitorado bolsonarista. O programa Smart Sampa é considerado internamente como uma conquista que pode definir a gestão de Nunes, agregando popularidade.
Prisômetro no centro
- No final de fevereiro, foi apresentado o “Prisômetro”, um painel que mostra em tempo real as prisões e capturas feitas pelo Smart Sampa, contabilizando 720 foragidos e 1.902 prisões em flagrante até o momento.
- Além disso, 41 pessoas desaparecidas foram localizadas através do reconhecimento facial, reforçando a eficácia do sistema.
- O painel, instalado em frente ao Centro de Comando do Smart Sampa, ganhou destaque na região central da cidade como uma ação significativa para a segurança pública.
- Apesar das críticas da oposição, o Prisômetro foi visto como uma estratégia de marketing, porém suas contribuições para a segurança são inegáveis.
Críticas da oposição
Parlamentares do PSol solicitaram ao Ministério Público a investigação de falhas no Smart Sampa, alegando que os algoritmos de reconhecimento facial ignoram rostos de negros, mulheres e pessoas trans, o que pode resultar em erros graves. Casos controversos, como a detenção equivocada de um policial e de uma mulher grávida, foram citados como exemplos de falhas do programa.
A Prefeitura de São Paulo defende o Smart Sampa, citando aprovação de 89% da população, destacando sua eficácia na resposta a crimes e emergências, bem como na localização de desaparecidos. Apesar disso, as críticas da oposição evidenciam a necessidade de ajustes e aprimoramentos no sistema.
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