No primeiro trimestre de 2025, a Tesla viu seu lucro despencar em 71%, atingindo US$ 409 milhões, muito abaixo das projeções do setor, que estimavam US$ 1,44 bilhão. Essa queda vertiginosa reflete uma série de desafios enfrentados pela gigante de carros elétricos liderada por Elon Musk.
A receita da empresa também ficou aquém das expectativas, totalizando US$ 19,33 bilhões, contra uma estimativa de US$ 21,13 bilhões. O declínio nas vendas, que diminuíram 9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, está ligado a diversos elementos adversos que têm afetado a organização, como a erosão da imagem de Musk e o acirramento da competição no mercado de veículos elétricos.
O envolvimento de Elon Musk com o governo anterior, liderando o Departamento de Eficiência Governamental, tem gerado reações negativas, sobretudo na Europa. O apoio do CEO a figuras da extrema-direita europeia também tem influenciado a percepção do público e dos investidores, contribuindo para a deterioração das ações da empresa, que acumulam uma desvalorização superior a 40% em 2025.
A fim de contornar a crise, a Tesla agendou uma conferência com investidores para esta quarta-feira (24). Durante o encontro, a empresa pretende acalmar os ânimos e apresentar planos para os próximos meses. Entre as iniciativas, está o lançamento de uma versão mais acessível do Model Y ainda este ano, bem como o tão aguardado serviço de robotáxis sem motorista, com início previsto para junho em Austin, Texas.
Apesar de ter dominado o mercado global de veículos elétricos por anos, a Tesla agora encara uma competição agressiva. Enquanto a chinesa BYD lançou um sistema de recarga ultrarrápida, fabricantes europeus apostam em tecnologias inovadoras e design competitivo para atrair parte do público da Tesla.
Embora a maior parte da produção da Tesla esteja nos Estados Unidos, o que a protege parcialmente das tarifas estabelecidas anteriormente, a dependência da importação de matérias-primas pode gerar aumento nos custos. Além disso, a China interrompeu a aceitação de pedidos dos modelos S e X, e possíveis represálias comerciais podem impactar as operações da fábrica da marca em Xangai, responsável pela produção dos modelos 3 e Y para o mercado chinês.
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