Dólar encerra o dia a R$ 5,71 de olho em Trump e Ibovespa fecha no maior nível desde 27 de março

Publicado:

O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,71, em queda de 0,16%, após quatro pregões consecutivos de recuo, refletindo a melhora do apetite externo ao risco com a negativa de Trump em demitir Jerome Powell e a possibilidade de redução de tarifas à China. Enquanto isso, o Ibovespa fechou em alta, atingindo o maior nível desde março, impulsionado por uma postura mais amena de Trump em relação às tarifas.

Durante o pregão, o dólar chegou a atingir R$ 5,65 pela manhã, mas desacelerou ao longo do dia. A repercussão da negativa de Trump em demitir o presidente do Federal Reserve impulsionou o mercado externo ao risco. Por outro lado, fatores como a alta da taxa dos Treasuries e o aumento do índice DXY influenciaram a moeda americana e, consequentemente, o real.

A questão das tarifas sobre produtos chineses também foi destaque, com Trump considerando a redução dessas tarifas. Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, posteriormente refutou a ideia de retirá-las unilateralmente. Apesar da volatilidade, o real foi a moeda emergente latino-americana com melhor desempenho, em parte devido à taxa de juros brasileira mais elevada e operações de carry trade.

No cenário interno, a fala do diretor de Política Monetária do Banco Central indicou que a política atual é a mais contracionista dos últimos tempos, sinalizando o possível fim do ciclo de aperto monetário.

Na Bolsa de Valores, o Ibovespa fechou em alta de 1,34%, alcançando 132.216,07 pontos, o maior nível desde março. As notícias mais brandas de Trump em relação às tarifas contra a China e a tensão com Powell impulsionaram o mercado, apesar da queda nos contratos futuros de petróleo, afetando empresas como Petrobras.

Com um volume financeiro de R$ 24,2 bilhões, ações como JBS (+6,38%) se destacaram, assim como os bancos e a Vale. Já Petrobras apresentou queda, influenciada pela pressão para acelerar a produção de petróleo por países da Opep+.

Diante desse cenário, o mercado mostrou-se sensível a notícias e discursos, tanto internos quanto externos, evidenciando a interdependência entre os mercados globais e as decisões políticas e econômicas dos Estados Unidos.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Queda no preço dos alimentos vai permanecer, diz ministro do Desenvolvimento Agrário

As famílias brasileiras sentiram um alívio nas finanças em agosto, conforme destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em...

Previsão de déficit primário de 2025 cai de R$ 70,877 bi para R$ 69,990 bi no Prisma Fiscal

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revelou uma leve redução na previsão do déficit primário para o...

CPI vai recorrer de decisão do STF que desobrigou ‘Careca do INSS’ de depor

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu recorrer da decisão do ministro...