Nesta sexta-feira (25/4), o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, referentes a ações ilícitas na BR Distribuidora.
Juntamente com Collor, dois empresários também foram condenados por participação em esquemas de corrupção: Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.
De acordo com a denúncia, o ex-presidente teria solicitado propina para favorecer um contrato entre a BR Distribuidora e a empresa Derivados do Brasil. Em troca, Collor ofereceu apoio político para contratos com a UTC Engenharia na construção de bases de combustíveis.
O caso, julgado no Supremo, apontou que Collor recebeu vantagens indevidas no valor de R$ 20 milhões. A ação faz parte das investigações da Operação Lava Jato na BR Distribuidora.
Collor, presidente entre 1990 e 1992 e senador por Alagoas, pode recorrer da decisão do STF. A defesa do ex-presidente critica a decisão e ressalta a necessidade de pronunciamento do plenário da Corte.
A prisão foi determinada por Moraes, que solicitou a emissão do atestado de pena a cumprir e convocou sessão virtual do plenário. Embora a defesa de Collor tenha se manifestado sobre a entrega do ex-presidente, reforçou sua discordância com a decisão.
Após a prisão em Maceió, a defesa de Collor anunciou que ele estava a caminho de Brasília para se entregar voluntariamente.
Fernando Collor está atualmente detido na Superintendência da Polícia Federal de Alagoas. A situação evidencia a complexidade dos desdobramentos judiciais envolvendo altas figuras políticas do país.
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