O governo da Venezuela desconsiderou a ordem da Corte Internacional de Justiça (CIJ) para suspender as eleições previstas para 25 de maio na região de Essequibo, disputada com a Guiana. Caracas afirmou não reconhecer a jurisdição da Corte, mantendo sua posição de seguir com o pleito. Este território, de 160 mil km², é rico em recursos naturais e tem sido foco de disputa desde o período colonial, acirrando-se especialmente após a descoberta de petróleo em 2015 pela ExxonMobil.
A Guiana recorreu à CIJ para impedir a eleição de autoridades venezuelanas no local. A Corte, na quinta-feira, ordenou que a Venezuela “abstivesse-se de realizar ou preparar eleições” na área, citando riscos de “danos irreparáveis”. Em comunicado, o governo venezuelano considerou a decisão como “abusiva e intervencionista”, reafirmando que não acatará sentenças do Tribunal de Haia.
O governo venezuelano insiste que a disputa deve ser resolvida internamente. O Essequibo, administrado pela Guiana, é reivindicado com base em um laudo de 1899, enquanto a Venezuela se apoia no Acordo de Genebra de 1966, que propõe negociações diretas. Caracas exige que a Guiana retome essas negociações, seguindo o Acordo de Genebra como solução pacífica. Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha, foi indicado como governador da região. Por outro lado, a Guiana alertou sobre a prisão de pessoas identificadas como representantes venezuelanos no território.
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