A defesa do coronel Jaime Naime Barreto, investigado no caso da trama golpista de 2022, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reabertura da instrução penal. O objetivo é apresentar as defesas finais com base nas provas da ação penal contra o núcleo central.
Os advogados Bruno Jordano e Marina Mansur ressaltam que a abertura de processo penal contra o núcleo 1 é uma nova evidência que pode influenciar o procedimento do coronel.
A defesa argumenta que a ação contra o ex-presidente comprova que Naime não pertencia aos grupos que decidiram pela ação ou omissão durante os eventos de 8 de janeiro de 2023.
“Os elementos trazidos pela AP 2668, decorrentes do inquérito 4923, reconstroem a narrativa dos acontecimentos, afetando completamente o nexo causal nos autos e revelando a verdadeira cadeia de comando responsável pelos atos”, declara a defesa.
O processo contra Naime está na fase final antes do julgamento. Em fevereiro de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, incluindo membros da cúpula da corporação, pelos ataques de 8 de janeiro.
A defesa aponta que “é gritante a situação, pois o defendente estava de férias quando foi preso; enquanto isso, outros, que ficaram soltos, relataram como quiseram, criando distorções e alimentando narrativas falsas sobre a verdade”.
Os advogados requerem o compartilhamento de provas do núcleo 1, argumentando que sem isso há cerceamento do direito de defesa.
Naime foi preso em fevereiro de 2023 e liberado provisoriamente em maio de 2024. A acusação de que ele atrasou a resposta policial durante os ataques foi reforçada por depoimento de Ricardo Cappelli, ex-interventor federal, que afirmou ter discutido com Naime nos dias 8 e 9 de janeiro.
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