A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu autorizar a proibição de pessoas transgênero no exército americano, um desdobramento da política implementada pelo ex-presidente Donald Trump. Essa decisão polêmica pode resultar na dispensa de mais de 4.000 militares transexuais e impede novos recrutas nessa categoria. A maioria conservadora da corte acatou um pedido do Departamento de Justiça, permitindo que a medida seja efetivada após intensos debates jurídicos.
Embora a decisão tenha sido favorável, não houve consenso entre os juízes. Três membros da corte, Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Ketanji Brown Jackson, expressaram sua insatisfação. Organizações de direitos civis, como a Lambda Legal e a Human Rights Watch, consideraram a medida um retrocesso e uma agressão aos direitos dos militares transgêneros. Elas argumentam que a política não se baseia na prontidão militar, mas reflete preconceitos enraizados.
A decisão reverte determinações anteriores de juízes de Washington e Seattle, que haviam considerado a proibição inconstitucional. A porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, descreveu essa mudança como uma “vitória massiva”. A proibição, uma promessa de campanha de Trump, agora se torna realidade com o respaldo da suprema corte, intensificando o debate sobre os direitos transgêneros nas forças armadas.
Estimativas de grupos de defesa dos direitos LGBTQ+ sugerem que o número de militares transgêneros ativos pode ser ainda mais elevado do que os dados oficiais apresentam. Essa situação levanta sérias questões sobre inclusão e igualdade nas forças armadas e inicia um amplo debate sobre o papel da identidade de gênero na sociedade americana.
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