Robert Francis Prevost, cardeal norte-americano recentemente eleito papa, escolheu o nome Leão XIV. Essa escolha reflete sua personalidade e objetivos. O primeiro papa a adotar o nome Leão foi Leão I, uma figura importante para o catolicismo, reconhecido como “doutor da Igreja” pelo seu profundo conhecimento da doutrina cristã e seu compromisso com a paz durante um período conturbado na península italiana. Ele produziu quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, demonstrando habilidade como teólogo e pastor, preocupado com as necessidades dos fiéis e com a comunhão entre as Igrejas.
Leão I, de origem italiana e eleito em 440, foi o 45º papa da Igreja Católica. Ele se destacou a ponto de se tornar o primeiro sucessor de Pedro a receber o título de “Magno”. Durante seu papado, incentivou obras de caridade em uma Roma marcada pela escassez e injustiças, e teve um papel crucial ao encontrar Átila, o líder dos Hunos, em 452, para dissuadi-lo de invadir a península. A lenda, popularizada por Raphael, afirma que Átila retrocedeu ao ver os Apóstolos Pedro e Paulo atrás de Leão, armados de espadas.
Em 455, ele também foi fundamental para evitar que os Vândalos, liderados por Genserico, destruíssem completamente Roma. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas suas Basílicas, incluindo a de São Pedro, permaneceram intactas. Leão I também inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia, que reafirmou a unidade das duas naturezas de Cristo, humana e divina. Sua contribuição ao Concílio se deu por meio do “Tomo de Leão”, um documento doutrinal lido e aceito por aclamação pelos padres presentes.
Historiadores sugerem que Leão I foi o primeiro papa sepultado na Basílica Vaticana, onde suas relíquias são preservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar.
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