Minutos após Leão XIV aparecer na varanda da Basílica de São Pedro, Donald Trump parabenizou o novo papa, declarando ser uma “grande honra” que ele seja dos EUA. O presidente expressou seu desejo de se reunir com o líder da Igreja Católica.
Apesar do simbolismo da escolha de um papa norte-americano, as primeiras declarações de Leão XIV indicam que suas abordagens em relação a questões geopolíticas podem divergir das visões do governo Trump. O novo papa parece seguir os passos de seu antecessor, Francisco, que enfatizou a paz e se posicionou contra guerras e injustiças sociais.
Em seu primeiro discurso, Leão XIV reiterou a mensagem de paz, pedindo:
“Que a paz esteja convosco, irmãos, irmãs. Esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado, o bom pastor que deu a vida pelo rebanho de Deus. Desejo que a paz entre em nossos corações e alcance todas as pessoas, onde quer que estejam.”
Veja o primeiro discurso de Leão XIV:
Críticas ao governo Trump
Antes de ser papa, Leão XIV, ainda como cardeal, criticou abertamente o governo Trump. Em uma postagem em abril, abordou as políticas anti-imigração, mencionando o caso de Kilmar Abrego Garcia, deportado mesmo após viver legalmente nos EUA.
Essa postura não era nova; em 2015, previa-se sua crítica à “retórica anti-imigrante” de Trump, mostrando uma linha coerente de oposição.
Futuro do pontificado
Especialistas afirmam que Leão XIV deverá resistir a pressões dos EUA. Para o internacionalista João Cândido, “o Vaticano dificilmente se submeterá a qualquer tipo de pressão direta, especialmente em relação aos princípios éticos da doutrina cristã”.
A experiência pastoral do novo papa no Peru e sua sensibilidade a questões sociais podem alinhar sua visão com a de Francisco, refletindo um compromisso com temas que geralmente entram em conflito com as políticas de Trump.
A expectativa é que Leão XIV mantenha um equilíbrio, dialogando com líderes mundiais, incluindo Trump, mas sem ceder às pressões em questões éticas e globais.
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