Morte no metrô: qual a distância entre portas do trem e da plataforma

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São Paulo – A distância entre as portas do trem e a plataforma na Estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás é de 28 a 30 centímetros, espaço suficiente para abrigar objetos e até uma pessoa de tamanho médio, como foi o caso de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, que faleceu. Essa tragédia fez com que passageiros prestassem mais atenção nas distâncias em estações com portas de plataforma, tentando entender como alguém poderia ficar preso nesse espaço.

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Plataforma da Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Vão entre portas onde homem morreu, na Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Vão entre portas onde homem morreu, na Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Vão entre portas no início de plataforma onde homem morreu, na Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Plataforma da Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Plataforma da Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Protesto na Estação Campo Limpo, em São Paulo

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Protesto na Estação Campo Limpo, em São Paulo

A medição entre as portas de trens e a porta de plataforma foi realizada pelo Metrópoles dois dias após a morte de Lourivaldo. Considerando a largura entre o trilho do trem e a barreira zebrada, a distância porta a porta sem a barreira soma quase 40 cm. O espaço de 30 cm é suficiente para um objeto como uma mochila ou um calçado número 38.

Luís Guilherme Kolle, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo, menciona que o espaço deveria ser menor, mas enfatiza que uma barreira muito próxima pode causar acidentes devido ao movimento do trem. A largura das distâncias varia, com pontos na mesma plataforma tendo cerca de 23 cm, especialmente na curva da estação.

Na Linha 5, a Estação Santo Amaro apresenta distâncias entre 20 e 30 cm. Medidas na Linha 3-Vermelha e na Linha 1-Azul também variam, indicando a necessidade de atenção contínua às diretrizes de segurança.

Kolle alerta para a responsabilidade compartilhada em relação ao uso seguro do metrô, sugerindo uma nova conscientização dos passageiros quanto aos riscos. Ele propõe estratégias inovadoras, como avisos visuais cativantes, para melhorar a percepção de segurança entre os usuários.

Durante a cobertura do caso, a comerciante Lindaci Buarque, amiga de Lourivaldo, expressou sua tristeza, mencionando que estava considerando evitar a estação onde o amigo faleceu. Este incidente trouxe à tona a fragilidade da segurança nas estações e a necessidade de medidas rigorosas.

A concessionária ViaMobilidade afirmou que sempre orientou os clientes sobre o uso seguro das portas de plataforma e está desenvolvendo sensores adicionais de presença, com previsão para finalização até 2026, demonstrando um compromisso com a melhoria da segurança.

O Metrô não se manifestou até o fechamento desta reportagem, mas o espaço continua aberto para discussões sobre segurança e adequações nas estações.

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