
A Comissão de Esporte do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (7), um convite para que Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), compareça a uma audiência pública. O objetivo é esclarecer “supostas condutas irregulares” e “possível conflito de interesses” em relação a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), autor do requerimento, aponta que a decisão que permitiu a permanência de Ednaldo no cargo teve Gilmar como relator. Como fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que mantém uma parceria comercial com a CBF Academy, surgem questionamentos sobre a integridade do julgamento. Girão destaca que a gravidade da situação afeta a credibilidade da CBF, que, apesar de ser uma entidade privada, desempenha uma função social importante no País.
Questionamentos também surgem quanto à legitimidade do acordo que manteve Ednaldo na CBF, especialmente após uma perícia indicar que uma assinatura no documento pode ser falsa. Essa análise, conduzida pela perita Jacqueline Tirotti, foi solicitada pelo vereador do Rio, Marcos Dias (Podemos).
A CBF, por sua vez, defendeu a legalidade do processo, alegando não ter acesso à perícia e considerando a divulgação da análise como precipitada. A confederação reafirmou sua confiança na Justiça brasileira e se mostrou disposta a esclarecer quaisquer dúvidas.
A situação é complexa, pois no Congresso Nacional há uma “bancada da bola” composta por pelo menos 22 parlamentares, que têm se mostrado relutantes em permitir que Ednaldo preste esclarecimentos. Este contexto já se manifestou em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) desde sua posse à frente da CBF.
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