O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim neste sábado (10) para uma visita de Estado que fortalece a parceria estratégica entre Brasil e China, além de ampliar o diálogo com a América Latina e o Caribe no Fórum China-Celac. Esta viagem é parte da agenda internacional de Lula, que também passou por Moscou antes, onde participou das comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin.
Na capital chinesa, Lula se reunirá com o presidente Xi Jinping e outras autoridades locais. Está prevista a assinatura de pelo menos 16 acordos em áreas como agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, energia e cultura. Outros 32 acordos estão em fase de negociação, conforme informado pelo Itamaraty.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Nos primeiros três meses de 2025, o comércio bilateral atingiu aproximadamente US$ 38,8 bilhões, com o Brasil exportando petróleo bruto, soja e minério de ferro, enquanto importa embarcações e equipamentos de telecomunicações.
Além das questões econômicas, Lula participará da quarta reunião do Fórum China-Celac, que visa aproximar a China dos países da região e fortalecer a cooperação em áreas como economia digital, saúde e transição energética.
Em entrevista à revista The New Yorker, Lula destacou a importância da China no cenário global e criticou a visão ocidental de rivalidade com o país. “Não aceitamos a ideia de uma nova Guerra Fria. Quanto mais semelhantes os países forem, mais eles precisarão dialogar entre si”, afirmou.
A visita a Pequim coroa uma semana intensa de articulação internacional, onde Lula buscou reforçar o papel do Brasil como um ator relevante no diálogo multilateral, promovendo a paz e a cooperação global. Compartilhe suas opiniões sobre essa visita nos comentários!
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