O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou, neste domingo (11), a aceitação de uma proposta do presidente russo, Vladimir Putin, para iniciar negociações diretas de paz. O encontro ocorrerá em Istanbul, na Turquia, no dia 15 de maio, sendo esta a primeira interação significativa entre os dois líderes desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, que resultou no maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Apesar do progresso, Zelensky condicionou sua participação a um cessar-fogo total e imediato. Em sua publicação na rede X, o presidente ucraniano afirmou: “Esperamos que a Rússia confirme uma trégua total, duradoura e confiável a partir de amanhã, 12 de maio. Não há razão para prolongar as mortes. Estarei esperando por Putin na Turquia.”
Putin também demonstrou disposição para retomar as conversas “sem quaisquer pré-condições” e agradeceu aos mediadores, incluindo países como China, Brasil e Estados Unidos. Ele declarou que a decisão agora cabe à Ucrânia e seus aliados.
A proposta russa ocorre sob pressão internacional crescente. Neste sábado (10), líderes europeus, entre eles Emmanuel Macron e Donald Tusk, se reuniram com Zelensky em Kiev, demandando um cessar-fogo incondicional de 30 dias, sob a ameaça de novas sanções à Rússia.
Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump também apoiou a proposta e pediu uma resposta celere de Kiev. “A Ucrânia deve aceitar imediatamente. Façam a reunião agora”, escreveu em sua rede Truth Social, acrescentando que, mesmo sem um acordo imediato, o encontro ajudará o Ocidente a se preparar para os próximos passos.
Entretanto, novas hostilidades foram relatadas, com ataques russos a Kiev resultando em ferimentos. Moscou acusou a Ucrânia de infringir uma trégua anterior, alegando ataques com drones e mísseis em seu território.
O papa Leão XIV também se posicionou pela paz durante sua bênção dominical na Praça de São Pedro, fazendo um apelo por negociações para uma “paz autêntica, justa e duradoura”.
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