(FOLHAPRESS) – Com Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, da Câmara, fora do país, o Congresso terá mais uma semana esvaziada, com recesso informal para todos os deputados federais.
Motta participará de um fórum em Nova York, ao lado de líderes de PL, PP e MDB, enquanto o presidente do STF e o governador de São Paulo também estão na agenda. Com isso, a Câmara terá uma atividade reduzida, sem votações no plenário.
Essa pausa se justifica pelo esforço anterior em aprovar medidas polêmicas, como o aumento no número de deputados e a suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem, cuja decisão do Supremo já foi desfavorável.
Durante a semana, estão previstas algumas sessões de homenagens e audiências públicas em comissões, mas poucos eventos significativos. No Senado, ao menos 10 senadores têm autorização para viajar, com a maioria com custos públicos, participando de fóruns em Nova York e uma missão em Washington.
O aumento na participação de congressistas em eventos no exterior tem sido notável, com gastos que ultrapassaram R$ 600 mil no ano passado. Além disso, senadores como Magno Malta e Damares Alves planejam visitar brasileiros na Argentina que fugiram após os ataques de 8 de janeiro, com inspeções em presídios locais.
Alcolumbre está na Rússia com o presidente Lula, que busca reforçar laços com o Congresso em um momento complicado, dado o clamor da oposição por investigações sobre fraudes no INSS. O Palácio do Planalto busca desacelerar essas demandas.
Esse cenário também levou à demissão de Carlos Lupi e à saída da bancada do PDT do apoio ao governo, enquanto o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, deve comparecer ao Senado para discutir as questões recentes na Comissão de Fiscalização e Controle.
Alcolumbre também está trabalhando em um projeto alternativo à anistia dos golpistas, propondo que apenas aqueles que não estavam envolvidos no planejamento tenham penas reduzidas, em vez de um perdão amplo.
Essa é a terceira viagem de Alcolumbre com Lula em pouco mais de um mês, após missões ao Japão e ao Vietnã, além do velório do Papa Francisco no Vaticano.
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