Déficit de 941 leitos superlota e trava UPAs e hospitais no DF

Publicado:

A revolta das famílias em Brasília, causada pela falta de atendimento nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e no Hospital Materno Infantil, resulta da carência de leitos de transição para internação. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) aponta um déficit de 941 leitos de retaguarda.

Veja:

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 4

logo metropoles branca

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 4

1 de 5

A falta de leitos de retaguarda superlota e prejudica o atendimento nas UPAs e hospitais do DF

Material cedido ao Metrópoles

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 2

2 de 5

Segundo o MPDFT, faltam 941 leitos de retaguarda no DF

Material cedido ao Metrópoles

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 3

3 de 5

Pacientes deveriam ficar 24 horas nas UPAs. Mas sem leitos de retaguarda, ficam dias

Material cedido ao Metrópoles

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 5

4 de 5

As UPAs ficam sobrecarregadas e os profissionais de saúde não conseguem atender os pacientes

Material cedido ao Metrópoles

falta leitos retaguarda superlota trava UPAs hospitais 6

5 de 5

O MP entrou com uma ação na Justiça cobrando uma solução para o déficit de leitos

As UPAs precisam atender pacientes em até 24 horas, transferindo os casos para leitos de retaguarda. Contudo, no dia 27 de abril de 2025, famílias indignadas depredaram a UPA de Ceilândia após o CRM-DF constatar que pacientes estavam internados por até 20 dias. A crise é intensificada pela alta de doenças respiratórias, impactando principalmente crianças.

A promotora Hiza Carpina acionou a Justiça para exigir ações que reduzam o déficit de leitos de transição. Segundo ela, a situação abrange a necessidade de medidas imediatas e de longo prazo. O déficit inclui 584 leitos de clínica médica e 357 de pediatria. Hiza afirma que apenas contratar profissionais não é suficiente; é essencial melhorar as condições de trabalho para sanar a crise.

Ela ressalta que a deficiência de leitos de retaguarda impede o fluxo adequado dos pacientes, o que resulta em sua permanência indesejada nas UPAs. Além disso, aponta a necessidade de diálogo com Goiás para soluções conjuntas no atendimento à saúde.

A presidente do CRM-DF, Lívia Vanessa, reforça que apenas abrir novas UPAs não resolve o problema, sendo essencial reforçar a estrutura da Atenção Primária e o número de leitos. Ela destaca que muitos leitos de retaguarda estão sem uso devido à falta de profissionais de saúde.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (CRE-DF), Elissandro Noronha, aponta que a carência de leitos reflete a escassez de servidores e que a sobrecarga de trabalho pode levar ao adoecimento dos profissionais.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges/DF) ampliou a carga horária de trabalhadores e está tentando garantir maior cobertura. Apesar disso, a permanência nas UPAs tem sido elevada, com até 18 horas para alta direta e até 7 dias para transferência hospitalar.

O Metrópoles tentou contato com a Secretaria de Saúde, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. O espaço permanece aberto para eventuais comentários.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ex-vereador de Uberlândia morre em queda de ultraleve em SP

O ex-vereador de Uberlândia, Luís Cláudio Galassi, tragicamente perdeu a vida em um acidente aéreo na tarde deste sábado (26/7). O ultraleve em...

Milei anuncia corte de impostos sobre exportação de produtos agrícolas

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma medida que promete impactar positivamente o agronegócio do país. Em um comunicado oficial, ele revelou...

Queda de ultraleve deixa dois mortos em cidade do interior de SP

No coração do interior paulista, uma tragédia marcou o início da tarde deste sábado, 26 de julho. A queda de um ultraleve na...