A base de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) deve aprovar, nesta terça-feira (13), um projeto de lei que concede aumento salarial ao governador, ao vice-governador e aos secretários de Estado.
O reajuste será de 9,67%, elevando o salário de Tarcísio de R$ 34,5 mil para R$ 37,9 mil. O vice, Felício Ramuth (PSD), passará de R$ 32,8 mil para R$ 36 mil, e os secretários, de R$ 31,2 mil para R$ 34,1 mil.
Essa decisão atende a pressões de entidades sindicais, cujo teto salarial está vinculado ao do governador, provocando um efeito cascata que beneficiará os servidores. O percentual reflete a inflação acumulada entre janeiro de 2023 e janeiro de 2025, embora o projeto não apresente estudos sobre o impacto financeiro da aprovação, sendo que o orçamento para pessoal é de R$ 150,4 bilhões.
A Alesp já havia concedido um aumento de 50% aos salários de Tarcísio e seu primeiro escalão no fim de 2022. O novo texto em discussão é um substitutivo de Carlão Pignatari (PSDB), que defende a valorização dos servidores como essencial para a qualidade dos serviços públicos.
O momento da votação coincide com uma discussão mais ampla sobre um pacote de reajustes, prevendo um aumento de 5% para a maioria das categorias, como professores, e reajuste do salário mínimo paulista de R$ 1.640 para R$ 1.804.
Os opositores, incluindo PT e PSOL, propuseram emendas para que o reajuste aos servidores fosse retroativo a março, mas não houve consenso. A deputada Professora Bebel (PT) criticou o percentual encaminhado, destacando a necessidade de alinhar os reajustes aos índices de inflação.
Apesar das críticas, ela afirmou que votaria a favor, ressaltando que qualquer aumento é preferível a nenhum. A complexidade da situação se intensifica na medida em que os servidores estão interligados ao teto salarial do governador, levantando preocupações sobre o congelamento de seus salários.
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