A ViaBahia, oficializada em 11 de maio de 2009, surgiu após o Consórcio RODOBAHIA vencer o leilão das BRs 324 e 116, com um contrato de 25 anos. Sua operação começou em outubro do mesmo ano, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e Jaques Wagner na Bahia.
A concessionária gerenciava cerca de 680 km de rodovias, incluindo a BR-324, de Salvador a Feira de Santana, e a BR-116 até a divisa com Minas Gerais. Inicialmente, era controlada pelo Grupo Isolux Corsán, que vendeu 80,8% para a Roadis Transportation em 2015, e em 2020, a Roadis adquiriu a totalidade das ações.
O primeiro protesto contra a empresa ocorreu em julho de 2011, quando moradores de Humildes interditaram a BR-324 em resposta à mudança de acesso ao distrito, que gerou um fechamento por questões de segurança.
Em 2013, críticas cresceram. O deputado Alan Sanches e o governador Jaques Wagner expressaram insatisfação com a falta de planejamento nas obras da ViaBahia, que não atendiam às expectativas do contrato. Radares na BR-324 ficaram inativos por longos períodos, gerando questionamentos sobre sua real eficácia.
Condições semelhantes persistiram nos anos seguintes. Em 2018, a Justiça exigiu a duplicação de trechos da BR-116, além de indenização por danos morais coletivos devido a atrasos nas obras. Críticas surgiram novamente em 2020 sobre a execução de apenas 30% das intervenções previstas.
Em 2021, a concessionária tentou aumentar em 140% o pedágio, provocando reações do Ministério da Infraestrutura, que considerou o pedido abusivo. A ViaBahia argumentou que o aumento seria para investimentos necessários.
Em 2023, a ViaBahia pediu uma repactuação de contrato, mas a negociação se arrastou até 2024, resultando no encerramento da concessão. Apesar das promessas de melhorias durante 16 anos, a empresa será substituída a partir de 15 de maio de 2025 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, após complicações que resultarão em multas de cerca de R$ 1 bilhão.
Assim, a ViaBahia deixa uma história marcada por controvérsias e insatisfação pública. O que você pensa sobre essa trajetória? Comente abaixo!
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