Após 16 anos de dramas nas BRs 116 e 324, chega ao fim a concessão da ViaBahia, deixando um legado negativo. O saldo é alarmante: quase R$ 1 bilhão de dinheiro público desperdiçado, além dos valores exorbitantes pagos em pedágios. As promessas de melhorias e duplicações se mostraram vazias, com apenas 30% do que foi prometido em investimentos realmente executado, enquanto os lucros fluíam para empresários distantes da realidade local.
A insatisfação com a ViaBahia cresceu tanto que a empresa tornou-se uma espécie de inquilina indesejada na vida dos baianos. A pressão política só começou a ser sentida quando a situação se tornou insustentável. O discurso sobre o desequilíbrio financeiro se tornou apenas uma desculpa para justificar a pilhagem de recursos que, agora, não voltarão mais aos cofres públicos.
A partir desta quinta-feira (15), a ViaBahia não estará mais a dominar as rodovias, mas isso não garante que os problemas acabaram. No curto prazo, não haverá cobrança de pedágio, com o DNIT assumindo a responsabilidade temporariamente. Entretanto, à vista de outras rodovias federais na Bahia que não têm concessão, a qualidade ainda poderá ser insatisfatória.
Enquanto aguardamos uma nova concessionária que tome os rumos corretos, é necessário que a sociedade civil se mantenha atenta. Audiências públicas, que frequentemente não trazem benefícios reais, precisam ser acompanhadas para que a nova administração cumpra as promessas esquecidas. O desafio persiste, e a mudança na administração não garante que os problemas do passado não se repitam.
Vá com Deus, ViaBahia! O amor nunca esteve aqui. O verdadeiro impacto nas estradas dependerá da próxima escolha a ser feita.
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