Até a 19ª Semana Epidemiológica — de janeiro a 10 de maio de 2025 — a cidade de São Paulo registrou quase 49,9 mil casos prováveis de dengue. Esse número representa uma queda de quase 90% em relação ao ano anterior, que teve mais de 471 mil infecções.
Os óbitos também diminuíram significativamente: 400 mortes foram notificadas no ano passado, contra apenas 10 neste ano, uma redução superior a 97%. Apesar da queda, a cidade faz parte dos 312 municípios que estão recebendo novas ações de combate à dengue promovidas pelo Ministério da Saúde. Isso reforça a necessidade de manter as medidas contra o aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
Fabiano Geraldo Pimenta Junior, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), destaca a importância da colaboração entre o poder público e a população. “Para evitarmos surtos de arboviroses, é crucial que cada um destine dez minutos por semana para verificar e eliminar qualquer acúmulo de água em seus lares e locais de trabalho”, orienta.
Mapa da dengue na região metropolitana
As ações de enfrentamento à dengue foram amplificadas em 312 municípios, priorizando áreas com alta transmissão. Outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo também estão na lista, como Diadema, com cerca de 400 mil habitantes, que registra 4,7 mil ocorrências e duas mortes este ano. Em comparação, no ano passado, foram 7,7 mil casos e 10 óbitos.
São Caetano do Sul notou uma redução de casos prováveis de 6,3 mil para 764 neste ano, registrando nenhuma morte. Mauá, com cerca de 380 mil habitantes, notificou 1,3 mil casos sem mortes em 2025.
Atendimento precoce
O Ministério da Saúde alerta que os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, dor nas articulações e manchas vermelhas na pele. Procurar uma Unidade de Saúde imediatamente ao sentir esses sintomas é vital para evitar agravamento da doença.
“Os sintomas das arboviroses são semelhantes, e na presença deles, a busca por atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) é crucial. Um sangue simples pode ajudar a definir a melhor abordagem”, afirma Fabiano.
Fique atento aos sinais de alarme, como dor intensa na barriga, vômitos persistentes e sangramentos, que exigem intervenção imediata.
Hidratação
Fabiano reforça a importância da hidratação para a recuperação de pacientes com dengue. O extravasamento do plasma sanguíneo pode levar a complicações, e a ingestão constante de líquidos é essencial.
Automedicação
Evitar a automedicação é crucial. Medicamentos como ácido acetilsalicílico, comumente utilizados, podem agravar complicações e levar a hemorragias. Orientações de profissionais de saúde são fundamentais.
Prevenção
Medidas preventivas continuam sendo essenciais para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti. Aqui vão algumas dicas:
- Guarde potes e vasos de cabeça para baixo;
- Descarte embalagens vazias;
- Coloque areia nos pratos de vasos de planta;
- Guarde pneus em locais abertos ou descarte;
- Mantenha reservatórios de água limpos e fechados;
- Evite acumular entulho e sucata;
- Limpe bem as calhas e lajes.
Alerta contínuo
O Brasil registrou 6,6 milhões de casos suspeitos de dengue no ano passado, com 6.239 óbitos confirmados. Fatores climáticos e ambientais intensificaram a situação. Nos primeiros meses de 2025, houve uma redução de quase 72% nos casos, mas o Ministério da Saúde enfatiza a necessidade de continuar com as medidas de combate.
Estratégia de enfrentamento
O Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergências para Dengue, intensificando ações como visitas técnicas, distribuição de testes e a mobilização em escolas para conscientizar sobre a prevenção.
Compartilhe sua experiência ou deixe suas dúvidas nos comentários. Juntos, podemos contribuir para a conscientização e prevenção da dengue.
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