Após lançar quase 300 drones, Putin quer “eliminar causas” do conflito

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Na madrugada deste domingo (18/5), a Rússia lançou um ataque devastador, utilizando quase 300 drones que visaram diversas regiões da Ucrânia, inclusive a capital, Kiev. A ofensiva resultou na morte de uma pessoa e deixou um rastro de destruição, enquanto Vladimir Putin se dirigia à nação pela primeira vez após a reunião infrutífera em Turquia com representantes de Kiev e Moscou.

Em suas declarações à televisão estatal russa, Putin enfatizou sua intenção de “criar as condições para uma paz duradoura” e “garantir a segurança do Estado russo”. Ele afirmou que o exército russo possui “tropas e recursos suficientes” para cumprir seus objetivos, dominando quase 20% do território ucraniano desde a invasão em fevereiro de 2022.

Este ataque incluiu 273 drones Shahed, utilizados tanto para explosões quanto como iscas para atrair e neutralizar os aparelhos ucranianos, segundo informações da Força Aérea da Ucrânia. O relatório matutino indicou que 88 desses drones foram “destruídos” por defesas antiaéreas, enquanto outros 128 conseguiram escapar.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, lamentou que o número de drones lançados seja um “recorde”, sublinhando que a finalidade da Rússia é, na realidade, continuar o massacre de civis. Um ataque a um prédio residencial em Obukhiv deixou uma mulher morta e feriu três pessoas, incluindo uma criança de apenas 4 anos. Além disso, em Kherson, duas pessoas também foram feridas em um ataque similar.

A recente ofensiva gerou uma onda de condenações entre autoridades ucranianas. Andrii Yermak, chefe do gabinete presidencial, descreveu as negociações de paz em Istambul como um mero disfarce, afirmando que Putin deseja a guerra. “Este é o ‘verdadeiro desejo de paz’ de Putin”, complementou Ruslan Stefanchuk, presidente da Rada, o parlamento ucraniano.

Sem avanços significativos nas negociações pela trégua, Donald Trump anunciou que iria conversar com Putin por telefone nesta segunda-feira (19) para discutir o fim da guerra, antes de contatar Volodymyr Zelensky e outros líderes da OTAN. O Kremlin confirmou que a conversa estava em preparação, mantendo um clima de incerteza sobre os próximos passos no conflito.

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