TJD-SP afasta árbitro acusado de dizer que ‘iria pegar’ jogadora do Bragantino e nega machismo

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No último jogo do Paulistão Feminino, uma controvérsia tomou conta do campo. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) decidiu afastar preventivamente o árbitro Juliano José Alves Rodrigues, após a zagueira do Red Bull Bragantino, Stella, relatar uma fala considerada machista. Durante a partida contra o São Paulo, Stella ouviu Rodrigues dizer que “na hora certa eu te pego”, em resposta a suas reclamações sobre decisões da arbitragem.

A acusação de machismo surgiu quando Stella, visivelmente incomodada, apontou para o árbitro e afirmou que suas palavras eram ofensivas. A situação se intensificou quando a jogadora fez um gesto com as mãos para ativar o protocolo antidiscriminação da FIFA, mas Rodrigues decidiu não interromper o jogo. Em sua defesa, o árbitro argumentou que suas declarações visavam advertir Stella sobre a possibilidade de receber um cartão amarelo. Ele negou veementemente qualquer intenção machista.

“Eu tinha a intenção de adverti-la verbalmente porque ela estava reclamando muito durante o jogo”, afirmou Rodrigues. Ele explicou que, ao mencionar que “iria pegá-la”, estava apenas se referindo à aplicação de uma punição ainda não concretizada. No entanto, uma vez que a zagueira relatou o incidente em entrevistas pós-jogo, a situação ganhou repercussão significativa. A atleta estava acompanhada de sua colega Aline Milene, que corroborou a versão de Stella, acrescentando que também havia sofrido interações intimidantes do árbitro.

Ambas as jogadoras expressaram tristeza e frustração com a situação, enfatizando a importância de um ambiente respeitoso e a necessidade de ações efetivas contra o machismo no esporte. Aline citou uma interação em que Rodrigues lhe disse que daria falta quando quisesse, um comentário que reforçou o clima de desrespeito percebido durante a partida.

Acusado de manter uma postura autoritária, Rodrigues insistiu que seus diálogos com as jogadoras não configuravam machismo, mas sim uma aplicação necessária da ordem em campo. Ele relatou que sempre se esforça para manter a disciplina entre os atletas, mas declarou estar surpreso com a acusação, considerando a tensionada dinâmica do jogo.

As alegações de machismo não são novas no futebol, um esporte que frequentemente lida com questões de discriminação e respeito. O afastamento do árbitro, mesmo que temporário, levanta questões sobre como casos como este serão tratados no futuro, em um ambiente que busca ser mais inclusivo e respeitoso. O debate sobre respeito no campo não é apenas uma questão contextual, mas uma necessidade urgente em todos os níveis do esporte.

O que você acha desse caso e do impacto que ele pode ter no futebol feminino? Deixe seu comentário e participe da discussão! Sua opinião é importante!

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