A Itália acaba de aprovar uma lei que mudará drasticamente o cenário da cidadania para descendentes nascidos fora do país. Em um movimento que revisa a legislação de 1992, as novas regras limitam o acesso à cidadania italiana apenas a filhos e netos de cidadãos italianos, conferindo um novo olhar sobre o vínculo dos descendentes com a Itália. A votação na Câmara dos Deputados teve 137 votos a favor e 83 contra, refletindo a divisão sobre essa questão sensível.
Agora, somente aqueles nascidos fora da Itália poderão obter a cidadania se um de seus pais ou avós detiverem a cidadania italiana pura, excluindo muitos que possuem dupla nacionalidade, como é o caso de muitos brasileiros. Ademais, um descendente poderá solicitar a cidadania somente se um dos pais tiver morado na Itália por, pelo menos, dois anos antes de seu nascimento.
Esse decreto, que se aplicará a todos os pedidos feitos após sua divulgação em 28 de março, é defendido pelo governo como uma resposta ao aumento de solicitações por parte de pessoas que, segundo eles, não mantêm laços significativos com a Itália. No entanto, a oposição critica a medida, argumentando que ela impõe barreiras desnecessárias e discriminatórias para aqueles que buscam o reconhecimento de sua herança.
Particularmente afetados são os descendentes de italianos no Brasil e na Argentina, países que, ao longo da história, receberam milhões de emigrantes italianos. No Brasil, estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas têm ascendência italiana, o que torna essa nova norma um desafio significativo para muitos que buscam reconectar-se com suas raízes.
Essa mudança gera não apenas preocupações sobre a natureza discriminatória do decreto, mas também expectativas de que a questão chegue ao Judiciário, onde muitos levantam vozes contra essa transformação nas leis de cidadania. E você, o que acha dessa nova lei? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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