Na Venezuela, a tensão política atingiu um novo pico com a prisão do líder opositor Juan Pablo Guanipa, anunciada nesta sexta-feira (23) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello. Ele é acusado de integrar uma alegada “rede terrorista” responsável por ações contra as eleições legislativas e estaduais que ocorrem neste domingo. Em um discurso transmitido pela TV estatal, Cabello afirmou que Guanipa é “um dos líderes” dessa suposta conspiração e apresentou como prova a apreensão de quatro celulares e um computador relacionados ao opositor.
Guanipa, que estava foragido, é um aliado próximo da também opositora María Corina Machado, que o considera um “irmão”. Deputado da Assembleia Nacional eleita em 2015 e vice-presidente da Casa em 2020, ele foi uma figura proeminente durante o período em que Juan Guaidó era reconhecido como presidente interino por várias nações.
A prisão não se restringiu a Guanipa; outras pessoas, incluindo estrangeiros, foram detidas sob a mesma acusação. As imagens exibidas na televisão mostraram Guanipa algemado, trajando um colete à prova de balas e sendo escoltado por agentes encapuzados, uma cena que reflete o clima de repressão que permeia o país.
Logo após sua detenção, uma mensagem atribuída a Guanipa foi divulgada em sua conta na rede social X (anteriormente Twitter), onde declarou: “Se estão lendo isso, é porque fui sequestrado pelas forças do regime de Nicolás Maduro.” Ele ainda expressou incerteza sobre seu futuro, mas ressaltou a certeza de que a luta contra a ditadura continuará.
Esse acontecimento ilustra a crescente repressão e os desafios enfrentados por aqueles que se opõem ao regime vigente na Venezuela. Como você vê a atual situação política no país? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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