As vendas da Tesla, a icônica marca de veículos elétricos liderada por Elon Musk, registraram um colapso de 49% em 32 países da Europa em abril deste ano. Essa queda acentuada acende um alerta sobre a crise que a empresa enfrenta.
Os números, divulgados pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), revelam que a montadora entregou apenas 7,2 mil veículos, uma queda significativa em relação às 14,2 mil unidades do mesmo período do ano anterior. Já nas vendas acumuladas dos primeiros quatro meses de 2025, a Tesla viu uma redução de cerca de 39%, totalizando 61,3 mil unidades.
Esse resultado negativo reforça informações anteriores sobre o desempenho da Tesla em países como Suécia, Holanda e Dinamarca, onde suas vendas também caíram drasticamente.
Enquanto a Tesla luta para manter sua posição, as montadoras chinesas têm se mostrado cada vez mais competitivas. De acordo com a ACEA, as vendas de veículos elétricos, em geral, subiram 28%, com a fabricante SAIC experimentando um crescimento impressionante de 54% apenas no último mês.
A China, que se consolidou como líder global na produção e exportação de veículos, está dominando a transição para eletromobilidade. Entre janeiro e abril de 2025, a produção automotiva chinesa cresceu 12,9%, superando a marca de 10 milhões de veículos produzidos e vendidos nesse período. Se considerarmos os Veículos de Nova Energia (NEVs), a produção saltou 48,3%, enquanto as vendas dispararam 46,2%.
Além da queda nas vendas, a Tesla também enfrentou dificuldades financeiras, com um lucro do primeiro trimestre caindo 71% em relação ao ano passado, totalizando US$ 409 milhões. Isso resultou em um lucro por ação de apenas US$ 0,12, muito abaixo das expectativas do mercado.
A receita total da empresa caiu 9%, alcançando US$ 19,33 bilhões, um contraste marcante com as previsões que esperavam ganhos bem superiores. No primeiro trimestre, a produção de veículos caiu 16%, e as entregas, 13%. Após esses resultados alarmantes, Musk anunciou que dedicaria mais tempo à Tesla a partir de maio, após concluir sua função no Departamento de Eficiência Governamental.
Contudo, a instabilidade se agravou com rumores de que o Conselho de Administração da Tesla estaria em busca de um novo CEO, um movimento que surge em resposta à desvalorização das ações da empresa e ao clima de insatisfação. Muitas dessas preocupações têm raízes na relação de Musk com o governo dos EUA, onde seu papel pode estar afetando a imagem da empresa.
Embora a presidente do Conselho, Robyn Denholm, tenha negado a busca por um sucessor, afirmando que o conselho confia em Musk, a situação gera inquietação no mercado. Com isso, o futuro da Tesla e de seu carismático líder parece incerto.
O que você acha desse cenário para a Tesla? Acredita que a empresa conseguirá superar essa fase difícil e retomar seu crescimento, ou será ofuscada pelas fabricantes chinesas? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!
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