SEGUROS PARA CRISES
Especialistas do setor de seguros unindo forças para fortalecer a segurança contra desastres ambientais
27/05/2025 – 16:32 h

Conseguro reuniu milhares de especialistas do setor de seguros –
A crise climática é uma realidade alarmante, com preocupações crescentes entre especialistas de diferentes áreas. O evento da COP30, marcado para novembro de 2025 em Belém do Pará, promete ser um espaço crucial para discutir estratégias de enfrentamento de desastres ambientais. A transição energética, em meio ao caos atual, é um dos pontos que mais provoca pessimismo entre os experts.
Com 2,4 trilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, a urgência do momento é evidente. Os especialistas sugerem que o investimento em seguros para desastres naturais, como enchentes e terremotos, pode ser uma solução eficaz. Dyogo Oliveira, presidente da CNSeg, destaca a ampliação dos recursos de segurança jurídica e econômica do setor de seguros, enfatizando a necessidade urgente de conscientização sobre a importância desses produtos.
“No Brasil, ainda é um desafio fazer as pessoas entenderem o valor dos seguros. Em 2024, nosso setor pagou 550 bilhões de reais em indenizações, representando 5,5% do PIB.” Essa afirmação, proferida durante o evento Conseguro em São Paulo, ressalta a relevância do setor para a população brasileira.
Gestão de Riscos e a Transição Energética
Os especialistas são unânimes ao afirmar que a crise climática tende a se agravar, trazendo consigo incertezas. Embora não se possa prever desastres, a gestão de riscos surge como uma alternativa promissora para proteger cidadãos e empresas. Cristina Reis, subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, defende a integração dos seguros com iniciativas regulatórias, como o Plano Nacional de Adaptação.
Cristina ressalta que o Brasil enfrenta uma transformação ecológica que transcende a mera transição climática, lidando com desigualdades históricas que afetam a economia e a sociedade. “Existem grandes oportunidades nos novos caminhos tecnológicos para enfrentar a crise climática e estimular o crescimento econômico”, afirma, ilustrando a caminhada desafiadora pela frente.
Em colaboração com o mercado de seguros, o governo brasileiro está focado em transformar a atividade econômica. Iniciativas como a lei do mercado de carbono e o programa EcoInvest visam gerar financiamento sustentável, promovendo descarbonização e desenvolvimento. “Essas medidas são essenciais para a industrialização, florestas, cidades inteligentes e energia renovável”, complementa Cristiano Reis.
Expectativas para a COP30
A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, será um fórum importante para discutir ações de mitigação da crise climática. Neste evento, o setor de seguros terá a oportunidade de explorar medidas de segurança e prevenção para comunidades e negócios. Ana Toni, diretora da COP30, enfatiza como o setor pode contribuir significativamente para a adaptação e resiliência.
Ela propõe que o mercado de seguros desenvolva produtos voltados para a resiliência das cidades, aproveitando dados públicos e privados para ajudar municípios a fortalecer suas defesas. “A prevenção e a resiliência custam muito menos do que a reparação pós-desastres”, conclui Ana, compartilhando uma visão clara da importância da ação proativa.
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