“Não tem preconceito quanto à EaD”, ressalta MEC

Publicado:


POLÍTICA

Em audiência na Comissão de Educação da Câmara, mudanças na EaD foram esclarecidas pelo MEC

Por Redação

28/05/2025 – 6:30 h

Diretor de regulação e supervisão da educação superior do MEC, Daniel Ximenes

Daniel Ximenes, diretor de regulação e supervisão da educação superior do MEC –

Em uma audiência realizada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o Ministério da Educação (MEC) respondeu a questionamentos sobre a nova abordagem da educação a distância (EaD). Na busca por garantir qualidade no ensino, a instituição anunciou que graduações como medicina, enfermagem, odontologia, psicologia e direito agora devem ser oferecidas exclusivamente de forma presencial.

Com a implementação de um formato semipresencial, onde a presença física é obrigatória para atividades práticas como estágio e laboratório, o MEC busca equilibrar a flexibilidade da EaD com o rigor do ensino prático. Durante o debate, Daniel Ximenes, o diretor de regulação do MEC, enfatizou que a decisão não reflete preconceito contra a EaD, mas sim um desejo de integrar a modalidade de forma eficaz no sistema educacional.

O crescimento da EaD foi espetacular nos últimos anos, atingindo 232% entre 2018 e 2023, com cerca de 10 milhões de matrículas. Embora a EaD ofereça vantagens como horários flexíveis e custos reduzidos, desvantagens como uma menor oferta de atividades práticas e a percepção de qualidade inferior em comparação ao ensino presencial foram destacados. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), organizadora do debate, manifestou sua preocupação e solicitou ao MEC dados que justifiquem o decreto, buscando assim mais clareza sobre o impacto das mudanças nas 5 milhões de matrículas afetadas.

Em resposta, Ximenes assegurou que os estudantes já matriculados em cursos de EaD que serão convertidos para o formato semipresencial, como engenharia, manterão seus direitos. Ele esclareceu que terão a garantia de conclusão de seus cursos, respeitando direitos adquiridos, com uma margem de grace period para novos ingressantes.

Quanto à pós-graduação, Ximenes afirmou que, por enquanto, nada muda nessa área. As instituições já habilitadas continuam a oferecer cursos de pós-graduação lato sensu em qualquer formato ao seu critério. O diretor também explicou a introdução do “mediador pedagógico”, uma figura nova prevista no decreto para acompanhar e apoiar os alunos, cujo papel não está necessariamente atrelado ao cargo docente, mas que é crucial para a experiência de aprendizado.

Diante de dúvidas persistentes, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) solicitou novas reuniões do MEC, especialmente com representantes das áreas de saúde, visando aprofundar o diálogo sobre as alterações propostas.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Siga nossas redes

“`

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Kim Jong Un promete vencer EUA na comemoração da Guerra da Coreia

Em um dia marcado pelo simbolismo, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, declarou que o país está determinado a triunfar...

Advogado condenado por roubo com reféns é preso em Salvador

Um advogado de 45 anos foi preso na manhã deste domingo (27), no bairro de Itapuã, em Salvador, após um mandado de prisão...

Inglaterra vence Espanha nos pênaltis e é bicampeã da Euro feminina

Em um emocionante confronto que ficará gravado na memória dos torcedores, a seleção da Inglaterra conquistou o bicampeonato da Eurocopa feminina em 2025,...