Na quarta-feira, dia 28, o Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe uma nova perspectiva à composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao definir a criação de duas listas tríplices para a vaga de ministro da classe dos advogados. Essa inovação se destaca pela inclusão de uma lista exclusivamente feminina, garantindo que ao menos uma das vagas seja ocupada por uma mulher. Assim, o Supremo enviará ao presidente Lula as duas listas: uma com três nomes femininos e outra com três masculinos.
A ministra Cármen Lúcia, a única mulher no STF, foi uma das vozes mais proeminentes em defesa dessa medida. Durante a apresentação, ela ressaltou a importância de aumentar a diversidade nas indicações a cargos de poder no Judiciário. “Se não tivéssemos a oportunidade de termos uma lista de homens e uma de mulheres, em 2026, todos os sete cargos no TSE seriam ocupados por homens”, alertou Lúcia, enfatizando a urgência de uma mudança neste cenário.
As advogadas selecionadas para a lista tríplice feminina foram indicadas pela própria Cármen Lúcia. Entre elas estão Cristina Maria Gama Neves da Silva, advogada e desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF); Estela Aranha, ex-secretária nacional de Direitos Digitais no Ministério da Justiça; e Vera Lúcia, ministra substituta com atuação em Direitos Humanos.
O TSE também demonstrou seu compromisso com a diversidade ao aprovar, em março, uma resolução que estabelece regras para a elaboração das listas tríplices da advocacia para o cargo de juiz eleitoral nos TREs. Essa resolução visa garantir a alternância entre homens e mulheres nas indicações, além de assegurar a paridade em cargos de direção, consultoria e assessoramento.
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