A Associação Amaivos, criada por ex-membros da Igreja Cristã Maranata, tem se destacado como um refúgio para aqueles que enfrentaram traumas e abusos dentro da instituição. Em uma entrevista reveladora ao canal O Fuxico Gospel, Joaquim Wallace de Souza, presidente da associação, expôs sérias acusações, como censura, opressão psicológica e o uso de dízimos para ações judiciais contra críticos da igreja.
“A ideia da associação surgiu da necessidade de acolhimento para ex-membros que deixaram a igreja fragilizados, tanto emocionalmente quanto financeiramente. Muitos enfrentam processos judiciais apenas por expressar suas opiniões nas redes sociais”, explicou Joaquim, que já enfrentou ameaças de morte por sua postura corajosa. “Fiz boletim de ocorrência e não me calei. Eles tentam impor o medo, mas seguimos denunciando.”
A Amaivos oferece apoio jurídico gratuito e acolhimento psicológico, resgatando até mesmo os pastores aposentados que, muitas vezes, ficam à margem da liderança. Joaquim compartilhou a história de um pastor que dedicou sua vida à obra nos Estados Unidos e, agora com Alzheimer e sem assistência médica, foi ignorado pela igreja: “Eles se negaram a ajudar, alegando falta de recursos.”
Além disso, a associação denuncia um alarmante uso de recursos para processar ex-membros. “O que deveria ser um apoio a necessitados é vez de advogados pagos para silenciar vozes críticas. Ao invés de ajudar órfãos e viúvas, usam dízimos para alimentar litígios”, lamentou Joaquim. Essa prática, segundo ele, faz parte de uma doutrinação exclusivista que inibe a liberdade individual: “Lá, a obra se torna a única razão de viver. Discordar é inaceitável.”
O ambiente de opressão também se manifesta entre os que permanecem na igreja. “Alguns criam novos chips de celular para se comunicar conosco, na esperança de não serem descobertos e classificados como ‘caídos’”, relata Joaquim, ressaltando a vigilância constante que permeia o cotidiano dos fiéis.
Por outro lado, a associação proporciona acolhimento espiritual e apoio para aqueles que decidem se desvincular da instituição, oferecendo uma reintegração a comunidades evangélicas tradicionais. “O processo inclui desintoxicação doutrinária e um suporte emocional essencial”, afirmou.
Joaquim também criticou a narrativa da igreja sobre sua popularidade, afirmando que, apesar das alegações de milhões de membros, muitas congregações estão vazias. “Eles utilizam bots para inflar números e sustentar uma imagem de grandeza que não condiz com a realidade”, destacou.
A luta da Amaivos é clara: “Continuaremos a atuar em defesa das vítimas. Não vamos nos calar diante da perseguição religiosa e do uso da fé para opressão. Nosso trabalho é missionário.”
Se você já viveu ou conhece alguém que precise de apoio nesta questão, compartilhe sua experiência nos comentários. Sua história pode ajudar mais pessoas a encontrar força e coragem para se libertar.
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