Em um desdobramento alarmante, anotações obtidas pela Polícia Federal revelam detalhes sombrios sobre um grupo de pistoleiros, predominantemente formado por militares. Os documentos citam diretamente figuras proeminentes como os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Esse grupo, denominado Comando C 4, foi alvo da 7ª fase da Operação Sisamnes, desencadeada para investigar o assassinato do advogado Roberto Zampieri em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT). A morte de Zampieri não apenas chocou o país, mas também deu início a uma apuração que expôs um esquema de venda de sentenças judiciais no estado e no Superior Tribunal de Justiça.
A investigação da PF revelou que os suspeitos envolvidos na morte do advogado pertenciam a uma organização criminosa que incluía tanto militares da ativa quanto da reserva, além de civis. O foco central desse grupo era a busca por vantagens financeiras através da prática de crimes, especialmente o homicídio. As provas da atuação criminosa foram encontradas com o Coronel Luiz Caçadini, um ex-militar que supostamente financiou o assassinato.
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Anotações obtidas pela PF de grupo de matadores
Reprodução/PF
Durante o pedido de prisão dos membros do grupo, a PF apresentou as anotações e conversas encontradas com Caçadini, incluindo uma tabela de preços para assassinatos. Alvos comuns teriam um custo de R$ 50 mil, enquanto um deputado ficaria por R$ 100 mil, um senador R$ 150 mil e “ministros do judiciário” chegariam a custar R$ 250 mil.
Os documentos indicavam não apenas os possíveis alvos do grupo, mas também detalhes sobre a metodologia de atuação e recrutamento, que incluía temas de lives e estratégias de vigilância. Sobre Rodrigo Pacheco, foi encontrado um valor relacionado à vigilância armada e uma referência a um horário específico.
Em relação a Alexandre de Moraes, ele foi mencionado em duas ocasiões em uma agenda atribuída ao militar. Em uma delas, aparece ao lado do nome de Zanin e é associado a uma frase dizendo “contrariou PGR”. A outra anotação traz referências a “Abin” e “geolocalização”, sugerindo um monitoramento mais profundo.
A sigla Comando C4 não é mero acaso; a PF explica que o nome evoca uma retórica militar, associando a organização a uma luta contra “comunistas, corruptos e criminosos”. A estrutura e a visão do grupo estão imersas em um contexto de militarização e ideologia extremista.
A gravidade das revelações exige atenção e reflexão; um chamado à ação para que todos os cidadãos discutam e questionem o estado da segurança pública e a integridade de nossas instituições. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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