Uma sombra paira sobre a biodiversidade de Salvador. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acaba de emitir uma recomendação urgente ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) após a descoberta de um devastador caso de desmatamento ilegal no bairro São Marcos. A preocupação é evidente: mais de 158 mil metros quadrados de vegetação nativa da Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, foram eliminados de maneira irregular.
A situação foi revelada em um relatório técnico do Centro de Operações e Inteligência Geoespacial (CIGEO). O documento revela que a intervenção, que deveria autorizar a retirada de apenas 664,53 metros cúbicos de madeira – uma fração ínfima em comparação ao que realmente ocorreu – foi aprovada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (SEDUR). Esse descompasso entre o volume autorizado e o desmate efetivo sugere uma possível ação criminosa de grandes proporções, configurando um crime ambiental alarmante.
Ademais, o relato do MP-BA não para por aí. A área já havia sido colocada sob a proteção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que proibia novas intervenções sem a devida autorização. O desrespeito a esse acordo pode resultar em penalidades ainda mais severas, aumentando a urgência de uma resposta eficaz.
Diante dessa grave situação, o MP-BA recomenda que o INEMA realize uma fiscalização técnica imediata, autue os responsáveis e suspenda quaisquer atividades irregulares. Além disso, a revogação da autorização que serviu de base para o desmatamento, a aplicação de multas e a exigência de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) são medidas imprescindíveis. O INEMA terá um prazo de 10 dias para reportar as ações tomadas.
A proteção ambiental deve ser uma prioridade; a sociedade não pode se calar diante do avesso da natureza. O que você pensa sobre a situação? Deixe sua opinião nos comentários e ajude a conscientizar mais pessoas sobre a importância da preservação!
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