Em um marco significativo, o dólar encerrou o dia cotado abaixo de R$ 5,60, um feito não alcançado desde outubro do ano passado. Após tocar a mínima de R$ 5,5787, a moeda norte-americana viu uma queda de 1,08%, fechando a R$ 5,5845. Esse movimento é acompanhado pela queda do índice da B3, que, ao finalizar a sessão, registrou 136.236,37 pontos, marcando o menor nível em um mês ao recuar 0,56%.
Em apenas quatro dias de junho, o dólar já acumulou uma queda de 2,36%, totalizando perdas de 9,64% no ano. Analistas atribuíram essa desvalorização à fragilidade do mercado de trabalho dos EUA, que pressiona o Federal Reserve a considerar um corte nas taxas de juros. Além disso, um recente diálogo entre os presidentes dos EUA e da China sugere uma possível redução nas tensões comerciais, o que propiciou um ambiente mais positivo para divisas emergentes, incluindo o real.
O real destacou-se em meio à volatilidade das moedas, impulsionado por expectativas fiscais otimizadas e uma previsão crescente de aumento na taxa Selic. Este panorama torna o carry trade (aposta em moedas para tirar proveito de juros mais altos) mais atraente para investidores. Além disso, sondagens indicam um certo esfriamento no apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alimentando a esperança de uma candidatura mais conservadora nas próximas eleições.
À tarde, a S&P Global Ratings anunciou que mantinha o rating do Brasil em BB, com perspectiva estável, sem impactar significativamente a taxa de câmbio. O índice DXY, que reflete o desempenho do dólar em relação a um grupo de moedas fortes, permaneceu estável próximo aos 98,700 pontos, enquanto o dólar apresentou um leve aumento em relação ao franco suíço e ao iene, valores geralmente considerados refúgios em tempos de incerteza.
No cenário da Bolsa, o Ibovespa continuou sua trajetória de queda, e fechou em 136.236,37 pontos, com um giro de R$ 22,1 bilhões. Embora tenha cedido 0,58% na semana e no mês, ainda mantém um ganho impressionante de 13,26% em 2025. A pressão veio do Bradesco e Itaú, cuja desvalorização arrastou o índice para os menores níveis do dia, embora não tenha perdido a barreira dos 136 mil pontos. Em contrapartida, a Vale e a Petrobras registraram performances mistas, enquanto outros ativos como Suzano tiveram uma leve alta.
Por fim, nos EUA, os principais índices de ações também não conseguiram evitar o vermelho, refletindo um dia curioso nos mercados. A movimentação dos Treasuries subiu levemente, e no fechamento, o Dow Jones caiu 0,25%, o S&P 500 0,53% e o Nasdaq 0,83%.
Agora, queremos saber a sua opinião: como essas mudanças nas taxas de câmbio e nos índices financeiros impactam seus investimentos e a economia do dia a dia? Deixe seu comentário abaixo!
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