No coração da Baixa dos Sapateiros, um eco de memórias contidas nas paredes do Cine Teatro Jandaia, um patrimônio que floresceu, mas acabou se perdendo no tempo. Inaugurado em 1911, esse icônico espaço, conhecido como “O Palácio das Maravilhas”, começou sua jornada apresentando filmes mudos, atraindo uma multidão de soteropolitanos ávidos por arte e entretenimento. Com um fundação criada por João Oliveira, um comerciante sergipano apaixonado pelas artes, o cinema logo se tornou um ponto de encontro vibrante, onde a magia do palco e a grande tela se entrelaçavam em uma celebração cultural.
Após um período de inatividade em 1927 devido a interdições, o Jandaia ressurgiu em 1931, firmando-se como um dos mais prestigiados cinemas de Salvador. O espaço reviveu suas glórias, acolhendo apresentações marcantes, como a da lendária Carmen Miranda na década de 30 e a peça encenada por Luiza Gonzaga em 1958. Essas performances tornaram-se parte da rica tapeçaria cultural da cidade.
Valtercio Machado, comerciante e escritor que conviveu com o Jandaia por anos, compartilhou com A TARDE Play suas lembranças vívidas. “Foi um lugar onde sonhos ganharam vida e histórias foram escritas”, afirmou, refletindo sobre a transformação do cinema ao longo das décadas. Para ele, o espaço representa uma era de ouro que, embora tenha passado, ainda ressoa na memória de muitos.
Hoje, o Cine Teatro Jandaia se encontra em estado de abandono, uma sombra do que já foi. Suas paredes silenciosas guardam segredos de um passado vibrante, enquanto a cidade anseia por um renascimento cultural que poderia reerguer esse centro de arte e história. Por trás de cada tijolo deteriorado, há uma história esperando para ser contada novamente. Que tal dividir suas memórias ou sonhos de revitalização desse espaço icônico? Comente abaixo e vamos juntos reimaginar o futuro do Jandaia!
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