Em um cenário marcado por intensos conflitos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma proposta audaciosa: formar um grupo de países mediadores sob a égide da ONU para negociar a paz entre Rússia e Ucrânia. Durante uma coletiva de imprensa em Paris, Lula destacou a necessidade de um diálogo renovado, especialmente em um momento em que as conversas em Istambul parecem estagnadas e os ataques russos contra a Ucrânia se intensificam.
“O que proponho é a criação de uma comissão de países neutros que possa dialogar tanto com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky quanto com o presidente russo Vladimir Putin”, afirmou Lula. Ele ressaltou que a ONU tem um papel crucial a desempenhar, elogiando o secretário-geral António Guterres por suas características humanas e sua habilidade diplomática. “Guterres pode formar um grupo de amigos que ouça ambas as partes e busque uma solução viável”, continuou.
Entretanto, a proposta vem acompanhada de uma dose de realismo. Lula questionou: “Putin realmente deixará a Crimeia?” e observou que a disposição russa de sair da região é incerta. Em suas palavras, a solução deve ser centrada em um acordo que represente não a totalidade das demandas de ambos os lados, mas sim aquilo que é possível em um contexto tão complexo.
A discussão sobre o conflito também foi um dos principais tópicos nas reuniões entre Lula e o presidente francês Emmanuel Macron. Apesar de compartilharem o anseio por paz, Macron destacou a importância de não tratar os dois lados do conflito de maneira equivalente, dada a natureza distinta de suas posições.
Mantenedora de boas relações com Putin, Lula anunciou que o presidente russo está convidado para a cúpula do BRICS, que ocorrerá no Rio de Janeiro no próximo mês. No entanto, a decisão sobre sua participação permanece nas mãos do Kremlin, especialmente considerando os recentes mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional contra Putin.
O que você pensa sobre a proposta de Lula? Acha que é possível alcançar um acordo de paz nesse contexto? Deixe seu comentário e participe dessa discussão tão crucial para o futuro da região.
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