Justiça ordena despejo da Igreja Mundial após calote de R$ 4,1 milhões em aluguel

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A Igreja Mundial do Poder de Deus, sob a liderança do apóstolo Valdemiro Santiago, enfrenta um momento crítico que pode mudar sua trajetória. A Justiça determinou o despejo da igreja de um imóvel em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, após a instituição acumular uma dívida alarmante de R$ 4,1 milhões em aluguéis atrasados, encargos e correções.

Este espaço, vasto e capaz de comportar até 20 mil pessoas, deveria ser um abrigo para os fiéis. No entanto, a ordem de despejo foi emitida pela Justiça do Pará, após a negativa da igreja em cumprir um contrato de locação de 18 meses, estabelecido em setembro de 2022. Com um aluguel mensal de R$ 600 mil, a igreja não honrou suas obrigações, gerando o caos jurídico que se desenrola agora.

O imóvel, que um dia pertenceu à própria Igreja Mundial, foi transferido à empresa SM Comunicações como parte de um acordo para quitação de dívidas. Em seguida, esse espaço foi repassado para a empresa Miranda Participações, o que trouxe à tona a complexidade do caso, que agora tramita na Justiça paraense. A juíza Vanessa Ramos Couto, da 1ª Vara Cível e Empresarial de Belém, já assinou a decisão de despejo.

A instituição, por sua vez, defende-se alegando irregularidades na transferência e “pressão psicológica” na assinatura do contrato. Afirmam que não é apenas um templo, mas também residência de aproximadamente 15 famílias, e que a desocupação afetaria severamente suas atividades religiosas e o bem-estar de seus membros. Apesar de várias tentativas de protelar a execução da ordem judicial, a paciência da Justiça parece ter chegado ao fim.

Mas essa não é a única controvérsia enfrentada pela igreja. A Igreja Mundial acumula centenas de processos por inadimplência, somando 686 ações somente no estado de São Paulo. A situação financeira da instituição é igualmente preocupante, com uma dívida ativa estimada em R$ 480 milhões com a União, abrangendo débitos tributários, previdenciários e trabalhistas. Entre essas cifras, destacam-se R$ 192,1 milhões em dívidas tributárias e R$ 278,5 milhões em débitos previdenciários.

Enquanto a pressão aumenta sobre Valdemiro Santiago e suas operações, a crise financeira, que inicialmente parecia uma questão administrativa, agora ameaça os pilares da igreja. Este é um convite à reflexão: o que acontecerá com a fiel comunidade que se reuniu sob essa liderança, em tempos de incerteza e instabilidade?

O que você pensa sobre esse desenrolar da história? Deixe sua opinião e participe dessa discussão!

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