As negociações entre China e Estados Unidos avançam com um novo capítulo em Londres, onde as duas potências buscam consolidar uma trégua comercial. Após um encontro inicial na Suíça, em que acordaram a redução de tarifas, ambos os países estão determinados a encontrar um terreno comum. Na Suíça, a promessa de diminuir tarifas por 90 dias foi selada: Washington se comprometeu a reduzir as taxas sobre produtos chineses de impressionantes 145% para 30%, enquanto Pequim aceitou cortar suas tarifas de 125% para 10%.
O otimismo permeia as reuniões atuais, com o presidente Donald Trump afirmando ter recebido relatórios positivos sobre o andamento das conversas. “Estou recebendo boas notícias. No entanto, a China não é fácil de lidar”, disse ele após o primeiro dia de negociações. O secretário do Comércio americano, Howard Lutnick, reforçou essa mensagem de esperança ao afirmar que as conversas estão progredindo bem.
As delegações, lideradas pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e pelo secretário do Tesouro Scott Bessent dos EUA, se reúnem na elegante Lancaster House, centro de Londres. Um dos grandes desafios em pauta é o tema das terras raras, essenciais para diversas indústrias, como baterias e sistemas de defesa. O principal assessor econômico de Trump, Kevin Hassett, destacou a necessidade de restabelecer o fluxo dessas exportações, afetado desde o início da guerra comercial.
Embora a China tenha permitido algumas exportações, a quantidade ainda está aquém do desejado pelas empresas americanas. A situação se complica com a demanda chinesa por uma revisão nos controles de exportação dos Estados Unidos. Quando questionado sobre futuras concessões, Trump optou por uma resposta ambígua: “Vamos ver.”
Os mercados, atentos aos desdobramentos, mostraram-se relativamente otimistas após rumores de que os EUA poderiam estar abertos a fazer concessões. Investidores se agarram a qualquer sinal positivo que venha das mesas de negociação. Esta dinâmica reflete uma tentativa mútua de reverter tensões nas relações, que chegaram a um pico no recente agravo de acusações de Trump sobre a falta de compromisso chinês com o acordo de Genebra.
Enquanto isso, a China busca fortalecer laços com outros parceiros globais, visando a formação de uma frente unida contra os Estados Unidos. Após conversas recentes entre os líderes, Xi Jinping pediu a Trump que “corrigisse o rumo do grande barco das relações sino-americanas”, um indicativo claro das apostas elevadas em jogo.
Com as negociações em andamento, o clima é de expectativa e incerteza. O que você acha dos desdobramentos dessa trégua comercial? Deixe seu comentário abaixo e participe dessa discussão!
Comentários Facebook