Na última segunda-feira (9/6), a jovem ativista sueca Greta Thunberg foi detida por Israel, juntamente com outros 11 passageiros, a bordo do barco Madleen, que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Em uma escala em Paris antes de retornar à Suécia, ela declarou que o que aconteceu com eles foi um “ataque ilegal e sequestro”, ressaltando que foram transferidos contra sua vontade para Israel.
Thunberg destacou que a ação das Forças de Defesa de Israel (IDF) representou uma nova violação do direito internacional, já que a interceptação ocorreu a 185 quilômetros das costas de Gaza, em águas internacionais. O Madleen, que transportava alimentos e suprimentos essenciais, era parte da Flotilha da Liberdade, uma iniciativa que visa romper o bloqueio imposto por Israel.
Em sua fala, a ativista de 22 anos afirmou que as condições que enfrentou em Israel foram meramente um vislumbre do sofrimento real da população palestina, especialmente em Gaza. Greta enfatizou que os governos europeus precisam exercer sua influência para interromper as ações em Gaza, pedindo especificamente o fim da ajuda militar e financeira a Israel.
Greta faz parte de um grupo de ativistas que decidiu ser deportado voluntariamente para seus países de origem. Ao contrário, oito outros membros, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, optaram por permanecer e, por isso, foram mantidos sob custódia na cidade de Ramla, enquanto um juiz decide sobre sua possível expulsão. Thunberg expressou sua preocupação com esses companheiros, clamando a todos para se mobilizarem em favor da libertação deles.
A Turquia qualificou a ação israelense como um “ataque hediondo”, enquanto o Irã descreveu a interceptação como uma forma de pirataria. A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, ressaltou que, embora a jornada do Madleen tenha chegado ao fim, a missão de solidariedade para Gaza deve continuar. O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina também agradeceu os ativistas pelos seus esforços.
Recentemente, Israel enfrentou pressão para permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, dado o cenário crítico de escassez de alimentos e suprimentos básicos. Apesar disso, várias agências humanitárias manifestaram preocupação com a nova orientação de ajuda formulada pela Gaza Humanitarian Foundation.
A situação se agrava com as consequências do ataque do Hamas de 7 de outubro, que resultou na morte de 1.219 israelenses, a maioria civis. Paralelamente, o ministério da saúde de Gaza, sob administração do Hamas, reportou a morte de 54.981 pessoas desde o início da guerra, um número que a ONU reconhece como confiável.
O clamor por justiça e solidariedade continua ecoando. E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua perspectiva!
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