O cenário da saúde no Brasil acendeu um alerta: o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) neste ano ultrapassa os registros dos últimos dois anos. O boletim semanal InfoGripe, publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 12, evidenciou um aumento significativo, com um crescimento de 91% em apenas quatro semanas em comparação ao mesmo período no ano passado.
Esse aumento expressivo se concentra, em sua maioria, nas regiões centro-sul do país, onde a influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) são os principais responsáveis pelas hospitalizações por SRAG. A situação é preocupante, pois, embora alguns estados, como Acre e Tocantins, apresentem indícios de estabilização, a taxa de hospitalização permanece alta. Essas conclusões foram extraídas da análise da Semana Epidemiológica 23, realizada entre 1º e 7 de junho.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, destacou que a influenza A tem impactado todas as faixas etárias, com uma incidência particularmente alta entre os idosos. Além disso, o VSR é identificado como a principal causa de hospitalização em crianças.
“A vacinação contra a gripe se torna essencial. É a principal estratégia para evitar casos graves e óbitos. Com uma boa cobertura vacinal, podemos reduzir as hospitalizações”, afirma Tatiana. Ela recomenda o uso de máscaras em ambientes com aglomerações e em postos de saúde ao surgirem sintomas de gripe ou resfriado.
Em relação às crianças, o boletim mostrou que os casos associados ao VSR estão em ascensão na maior parte do país. Contudo, observam-se indícios de desaceleração ou até início de queda em áreas como o Centro-Oeste e o Sudeste. Mesmo assim, os níveis de incidência permanecem elevados.
Quando se fala nos idosos, as cidades de Aracaju, Belo Horizonte e Curitiba, entre outras, apresentam tendênciasa de crescimento nos casees. O panorama é semelhante entre jovens e adultos, principalmente em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.
Outra informação crucial: nas quatro últimas semanas, a prevalência dos vírus respiratórios entre os casos positivos foi alarmante, com 40% para a influenza A e 45,5% para o VSR. As estatísticas indicam também que 75,4% dos óbitos têm ligação com a influenza A, reforçando a necessidade urgente de ações preventivas.
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