Número de jovens que não estudam nem trabalham cai para o menor nível desde 2019, aponta IBGE

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) trouxe uma notícia animadora: o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, conhecidos como “nem-nem”, caiu para o menor nível desde 2019. O índice despencou de 19,8% em 2023 para 18,5% em 2024, o que equivale a 8,9 milhões de jovens. Essa redução está diretamente ligada ao desempenho positivo do mercado de trabalho no último ano.

Além disso, o número de jovens que conseguem conciliar trabalho e estudos ou qualificação profissional aumentou de 15,3% para 16,4%, passando de 7,4 milhões para 7,9 milhões de pessoas. Por outro lado, a fatia de jovens que estão apenas trabalhando, sem estudar, subiu de 39,4% para 39,9%, enquanto a proporção daqueles que apenas estudam ou se qualificam, mas estão fora do mercado de trabalho, teve uma leve queda, de 25,5% para 25,3%.

Esses dados mostram uma realidade complexa, especialmente quando analisamos grupos sociais. Em 2024, 24,7% das mulheres jovens estavam fora das salas de aula e do mercado, quase o dobro dos homens, que representaram 12,5%. Além disso, a desigualdade racial se faz presente: 21,1% dos jovens negros ou pardos estavam nessa situação, em comparação com 14,4% entre os jovens brancos.

Os dados regionais também revelam um panorama diversificado: o Nordeste possui a maior porcentagem de jovens afastados do trabalho e da escola (25,3%), seguido pelo Norte com 21,8%. As menores taxas foram observadas no Sul (13%), Centro-Oeste (14,8%) e Sudeste (15,4%). Santa Catarina se destacou com apenas 10,8% de jovens sem estudos ou emprego, enquanto o Acre teve o maior índice, com 30%.

A situação da escolaridade revela que, em 2024, 77,5% da população acima de 15 anos estava frequentando a escola ou um curso, uma queda em relação aos 83% em 2016. Contudo, houve um aumento nas faixas de ensino superior e pós-graduação; a matrícula na graduação subiu de 14,6% para 16,8%, e na pós-graduação, de 2,8% para 5,5%.

Os dados são do módulo de educação da PNAD Contínua e não consideram os anos de 2020 e 2021, devido à suspensão da coleta de dados durante a pandemia. Este é um momento crucial para refletir sobre as condições de emprego e educação dos jovens no Brasil. Como você vê essa mudança? Deixe seu comentário e participe dessa conversa!

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