Thiago Ávila, um fervoroso ativista brasileiro de 38 anos, trouxe à tona um relato angustiante de sua detenção em Israel. Após tentar levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, ele foi preso e, ao retornar a São Paulo na manhã do dia 13 de junho, revelou as marcas de lesões e torturas que alegou ter sofrido durante sua detenção. Embora tenha inicialmente minimizado suas feridas, afirmando que eram menores que a dor vivida pelos palestinos, a necessidade de expor sua experiência prevaleceu.
Horas depois de sua chegada, Thiago publicizou um vídeo nas redes sociais, onde evidenciava manchas avermelhadas em seu corpo, provenientes das agressões sofridas. “É esse o estado de alguns que tentam levar alimentos e medicamentos a crianças famintas em Gaza. Precisamos exigir a liberdade imediata de Marco, Yanis e Pascal, que ainda estão sob custódia”, clamou.
Ao mencionar seus companheiros de luta, Thiago se referiu a ativistas como Mark van Rennes da Holanda e Pascal Maurieras da França, ressaltando a necessidade de solidariedade imediata. Eles estavam entre os vários que foram deportados após a abordagem da Marinha israelense ao veleiro Madleen, carregado de suprimentos essenciais.
No Aeroporto Internacional de São Paulo, Thiago compartilhou suas experiências com jornalistas, descrevendo a brutalidade que enfrentou. “Fui recebido por soldados que gritavam que a Palestina não existia. Quando me levaram para o isolamento, um grupo agressivo me lançou contra a parede, repetindo: ‘Bem-vindo a Israel’”, relatou, seu olhar refletindo a dor de um homem que viu a intransigência de um sistema.
Naquela mesma semana, Thiago se viu aprisionado em uma cela escura, onde alegou ter iniciado uma greve de fome em protesto contra a injustiça que enfrentava. Ele se recusou a assinar um documento que reconheceria um crime ao tentar entrar em Israel. O desejo de sair do país que o detinha era motivado pela necessidade de garantir a liberdade de outros ativistas mantidos em condições similares.
Com a intervenção do Palácio do Itamaraty, que confirmou a legalidade de sua deportação, o ativista retornou ao Brasil ainda vestindo o uniforme que foi obrigado a usar. “É uma honra saber que muitos ainda nas masmorras de Israel poderão ser libertados usando estas mesmas roupas”, afirmou com uma mistura de tristeza e determinação.
Na recepção em Guarulhos, a cena foi de emoção pura. Sua esposa, Lara, e a filha correram para seus braços, enquanto apoiadores expressavam seu apoio de diversas formas, destacando a força e a resiliência que permeiam sua luta. Thiago Ávila, um homem que se recusa a aceitar a opressão, continua sua batalha por justiça e solidariedade, inspirando outros a se juntarem a essa causa urgente.
A tragédia humanitária em Gaza não pode ser ignorada. O que você pensa sobre a missão de Thiago e dos ativistas internacionais? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos levantar essa discussão juntos!
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