A Justiça Federal do Rio de Janeiro deu um passo significativo na luta contra o crime organizado, aceitando a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 36 indivíduos envolvidos na operação Libertatis. Esse caso investiga uma organização criminosa que não apenas produz cigarros falsificados, mas também está ligada ao tráfico de pessoas.
Os denunciados se tornaram réus e enfrentarão sérias acusações, incluindo organização criminosa, tráfico de pessoas e até redução à condição análoga à de escravo. Dentre os acusados, destaca-se o foragido Adilsinho, conhecido por sua conexão com o submundo do crime.
A investigação começou após denúncias sobre condições de trabalho degradantes em fábricas clandestinas. Conduzida pela Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas (UNTC) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF, revelou que 49 trabalhadores paraguaios foram encontrados nas instalações do grupo, todos trazidos com promessas fraudulentas de emprego e submetidos a jornadas exaustivas.
A operação se estendeu por cidades como Duque de Caxias e Paty de Alferes, onde as fábricas funcionavam sob condições análogas à escravidão. Os cigarros produzidos eram vendidos a preços abaixo do mercado, permitindo à organização monopolizar a distribuição na Baixada Fluminense, recorrendo até mesmo ao uso de força armada para coagir comerciantes.
Os paraguaios, especialistas na confeccção de cigarros, foram aliciados sob ameaças e falsas promessas. A organização tinha uma estrutura intricada, com líderes, gerentes de fábrica e até traficantes designados para abordar as vítimas. Para ocultar os lucros, utilizavam empresas de fachada, movimentando cerca de R$ 70 milhões em apenas 10 meses.
Além disso, as investigações revelaram que integrantes do grupo corromperam agentes públicos, garantindo proteção para suas operações ilícitas. O MPF destaca que a organização possui uma estrutura armada e transnacional, destinando seus produtos, que não seguem os padrões da Anvisa, a mercados fora do Brasil.
O recebimento da denúncia marca um avanço importante na operação Libertatis, que já resultou na prisão de 12 pessoas, incluindo Luis Verdini, apontado como braço direito de Adilsinho. Essa conexão revela a profundidade e complexidade do esquema.
A luta contra essa rede criminosa continua e é crucial que a sociedade esteja atenta a esses problemas. Compartilhe sua opinião nos comentários: o que você acredita que deve ser feito para combater esse tipo de crime? Sua voz pode fazer a diferença!
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