Em um dia que deveria ser de lazer, Gabriel Galluzzi se viu no centro de uma situação constrangedora e dolorosa. No último sábado, 14 de junho, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, o gerente de projetos sofreu ataques homofóbicos da jornalista Adriana Ramos. Ele descreveu essa experiência como a primeira de sua vida, sentindo-se “destratado, desmoralizado e desrespeitado”. Com 39 anos, Gabriel nunca havia enfrentado tal hostilidade, especialmente em um espaço que deveria ser seguro.
Gabriel expressou sua surpresa ao perceber que, apesar do ambiente aparentemente seguro de um shopping, ele convivia com pessoas que, desafortunadamente, manifestam intolerância. “A gente tem a falsa sensação de segurança numa espécie de espaço privado, mas o preconceito pode surgir em qualquer lugar”, comentou. A situação se agravou quando ele interveio após ouvir a jornalista gritar por sua conta. Ele a pediu calma, mas em resposta, ouviu ofensas pesadas, como ser chamado de “bicha nojenta” e “assassino”.
Escute o relato: Apesar de ter se sentido impotente frente à agressão, Gabriel acionou a Polícia Militar. Enquanto esperava, Adriana continuou a zombar dele, tentando desmerecer a ação da polícia. “Ela dizia: ‘Agora quero ver a Polícia Militar vir aqui. Vocês acham que a Polícia é segurança de boiola?’”. Quando os policiais chegaram, ele os conduziu até o local, levando à prisão da jornalista, que, ao ser detida, não esboçou arrependimento.
Ambos foram levados ao 14° Distrito Policial em Pinheiros, onde testemunhas corroboraram o relato de Gabriel. Ele, então, decidiu buscar justiça, certo de que esse tipo de agressão não deveria se tornar uma norma. A reação do Iguatemi foi clara: o shopping lamentou a situação e reafirmou seu compromisso com a diversidade, condenando qualquer ato de discriminação.
Após quatro horas na delegacia, Adriana fez uma gravação em suas redes sociais. Em sua narrativa, a jornalista alegou ter sido agredida e insultada por pessoas ao seu redor, descrevendo-se como doente e em dúvida. O contraste entre sua versão e o relato de Gabriel levanta questões sobre a responsabilidade de figuras públicas e a gravidade de ações que perpetuam o ódio.
Inexplicavelmente, logo após ser liberada, Adriana foi novamente flagrada proferindo insultos homofóbicos a vizinhos em seu prédio, demonstrando uma disposição preocupante para continuar seu comportamento agressivo. Gabriel, por sua vez, reafirmou que não deixará essa situação impune, buscando apoio em sua luta por justiça.
A história de Gabriel não é apenas um relato de um ato de homofobia, mas um apelo à reflexão sobre como a intolerância se infiltra nos lugares que deveriam ser seguros para todos. É um chamado para que cada um de nós reflita sobre a forma como trata o próximo, e como agir para combater esse tipo de discurso nocivo na sociedade.
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