O último domingo (15) ficará marcado na história da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Durante o empate sem gols entre Rio Verde e Anapolina, o protocolo antirracismo da FIFA, que passou a ser implementado pela CBF nesta temporada, foi acionado pela primeira vez em um jogo estadual. Isso ocorreu após uma ofensa racial proferida pelo meia Patrick, do Rio Verde, direcionada ao goleiro Artur, da Anapolina.
O incidente se desenrolou aos 48 minutos do segundo tempo, quando o árbitro Jefferson Ferreira expulsou Patrick por “cometer ato de racismo”. De acordo com a súmula, o jogador do Rio Verde dirigiu-se ao goleiro adversário com uma frase ofensiva. Após a expulsão, o árbitro fez o gesto em “X” – a sinalização da FIFA para atos de racismo – e documentou todos os detalhes do ocorrido.
A confusão começou após uma cobrança de falta em que um jogador da Anapolina caiu na barreira, levando Patrick a tentar auxiliá-lo. O goleiro Artur interveio, iniciando uma discussão que culminou na ofensa e na ativação do protocolo antirracismo.
Apesar da gravidade da situação, Artur decidiu não registrar uma denúncia criminal. Conforme o árbitro anotou na súmula, o goleiro manifestou que aceitou as desculpas de Patrick e preferiu considerar o episódio resolvido de forma pessoal, sem levar adiante o incidente.
No entanto, o caso não está encerrado. Por estar documentado, poderá ser revisado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD-GO), onde Patrick pode ser enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Essa norma abrange atos discriminatórios e preconceituosos, prevendo penas que variam de cinco a dez partidas de suspensão e multas que podem chegar a R$ 100 mil.
Até o momento, os clubes Rio Verde e Anapolina ainda não se manifestaram oficialmente sobre o ocorrido. Como você vê a postura do goleiro Artur e as implicações do caso no cenário esportivo? Deixe sua opinião!
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