Em um marco emocionante para o Ceará, o Governo do Estado inaugurou, nesta quarta-feira (18/6), a Galeria da Liberdade, um espaço cultural inovador instalado no Palácio da Abolição, em Fortaleza. A cerimônia não apenas celebrou a abertura da galeria, mas também oficializou a sanção de uma lei que destaca o compromisso com a promoção dos direitos humanos, democracia e diversidade.
A festa de inauguração foi abrilhantada pela exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”, que preenche toda a galeria, incluindo espaços ao ar livre, criando uma experiência cultural única e acessível a todos.
Este novo espaço substitui o antigo Mausoléu Castelo Branco, que data de 1972, uma estrutura imponente projetada por Sérgio Bernardes. O governador Elmano de Freitas (PT) destacou que essa transformação é um “reparo histórico”, que reforça o papel de liderança do Ceará na luta por liberdade e justiça social.
“Temos que dizer com muita clareza: ditadura nunca mais. E precisamos ter um espaço para falar bem da democracia, do amor ao próximo, do povo negro, dos povos indígenas”, declarou o governador.
Gerida pelo Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS), a Galeria da Liberdade funcionará inicialmente de quarta a sábado, com horários alternados. Com um total de cerca de 300 metros quadrados, o espaço possui duas galerias laterais e uma área interna dedicada a exposições e atividades educativas.
A secretária da Cultura, Luísa Cela, enfatizou que a galeria será um ponto de reflexão sobre a história e os direitos humanos no estado. “Aqui será um lugar para construir, conhecer e reconhecer a história do Ceará”, afirmou.
A secretária da Igualdade Racial, Zelma Madeira, descreveu a inauguração como um “ato antirracista”. Ela reforçou a importância do espaço como um “corredor para contar a nossa memória”, onde a luta por liberdade do povo negro no Brasil encontrará eco.
“Teremos aqui um espaço para diálogo, para apresentar nossas riquezas e para ações antirracistas”, destacou.
A abertura da exposição conta com obras de artistas renomados, como Alexia Ferreira, Blecaute, Cecília Calaça, Clébson Francisco e Luli Pinheiro, sob curadoria de Ana Aline Furtado, que colaborou com outros criadores para dar vida a essa iniciativa.
Além das obras de arte, a galeria incorpora símbolos adinkra — ideogramas africanos — e homenagens a mulheres negras que se destacam no movimento negro cearense. Para o diretor do MIS, Silas de Paula, a Galeria da Liberdade é um símbolo de inclusão que preenche um vazio importante na sede do Governo.
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