PF conclui inquérito da “Abin paralela” e indica Carlos Bolsonaro e Ramagem por esquema de espionagem ilegal

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A Polícia Federal (PF) entregou, na última quarta-feira (12), um relatório bombástico ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a chamada “Abin paralela”. O documento revela o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), resultando no indiciamento de 36 pessoas. Entre os mencionados estão figuras centrais como o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa.

Apesar de Jair Bolsonaro ser citado no relatório com indícios de envolvimento em práticas criminosas, ele não foi formalmente indiciado, já que é considerado membro de uma organização criminosa em outro inquérito. A PF ainda pondera sobre a possibilidade de apresentar relatórios complementares que possam resultar em novos indiciamentos.

A investigação, iniciada em março de 2023, sob o governo de Lula (PT), apura a utilização do software espião FirstMile, utilizado para monitorar, ilegalmente, opositores, jornalistas, ministros do STF e até aliados do governo. A intenção por trás desse esquema criminoso seria proteger judicialmente os filhos do ex-presidente, atacar a credibilidade do sistema eleitoral e espalhar desinformação.

Carlos Bolsonaro é descrito no relatório como parte essencial do núcleo político da “Abin paralela”, beneficiando-se de informações sigilosas para atacar adversários, como demonstrado em publicações falsas contra o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O vereador não tardou a rebater a situação nas redes sociais: “Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo?” questionou no X (antigo Twitter).

O documento também destaca que a estrutura da Abin foi manipulada deliberadamente. Um dos atos investigados envolve a reformatação de computadores durante a gestão anterior, com a autorização da nova direção da agência, o que a PF considera um possível indício de obstrução da investigação.

Os alvos da aparente rede de espionagem incluem figuras influentes do Judiciário, como os ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli, além de líderes do Legislativo, como o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ex-presidente Rodrigo Maia.

Entre os jornalistas sob vigilância, constam nomes respeitados como Mônica Bergamo (Folha), Vera Magalhães (O Globo), Luiza Bandeira (DFRLab) e Pedro Cesar Batista (relacionado ao Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima). O Ministério Público agora analisará o material coletado para decidir os próximos passos, seja o oferecimento de denúncia ao STF, a solicitação de novas diligências ou o arquivamento do caso.

A Abin, por sua vez, nega as acusações, afirmando ter colaborado com a investigação, e considera que a PF agiu com viés político ao incluir sua atual direção entre os indiciados. Internamente, a agência acredita que esse movimento tem o objetivo de forçar mudanças em sua liderança.

O que você acha de tudo isso? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão! Vamos juntos acompanhar este desdobramento tão importante para a política brasileira.

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