No Rio de Janeiro, o tráfico de drogas se reinventou. As redes sociais, antes uma plataforma de comunicação, tornou-se um terreno fértil para narcotraficantes de facções como Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). Agora, maconha, cocaína e MDMA são comercializados com um clique, longe das vielas e dos olhares cautelosos.
Um perfil na rede X, por exemplo, funciona como uma verdadeira vitrine. Os traficantes, autodenominados “ambulantes virtuais”, apresentam suas mercadorias com uma naturalidade alarmante. “É só da braba”, garante um deles, numa chamada direta e atrevida ao público consumidor.
Em vídeos curtos, os vendedores mostram seus estoques com entusiasmo, anunciando: “Bom dia! Olha só a novidade que chegou no Pontilhão. Tem para todos os gostos, de R$ 10 a R$ 100”. As diversas variedades de maconha são apresentadas com características atraentes, deixando os possíveis compradores mais curiosos.
As postagens são autênticas exposições, onde não só os produtos são mostrados, mas também parte da vida desses vendedores. “Tudo é pesado na hora”, reforçam, evidenciando a narrativa de confiança que tentam construir com seus seguidores.
Imagens do Catálogo:
As Respostas da Polícia
Em resposta a essa escalada digital do tráfico, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) intensifica suas operações nas comunidades, buscando desmantelar essa nova forma de comércio ilícito.
- Recentemente, em Itatiaia, dois traficantes foram detidos, resultando na apreensão de drogas e dinheiro.
- Em Bangu, a polícia neutralizou um vendedor armado e confiscou entorpecentes prontos para a venda.
- A ação em Vila Vintém, também em Bangu, culminou na prisão de três indivíduos e na apreensão de explosivos e uma quantidade significativa de drogas.
- Em uma operação no Complexo da Mangueirinha, os agentes do 15º BPM descobriram um arsenal, incluindo fuzis e uma vasta quantidade de substâncias ilícitas.
Imagens das Apreensões:
Esse novo capítulo na luta contra o tráfico nos revela um panorama preocupante. Convidamos você a refletir e comentar: o que pode ser feito para lidar com essa transformação digital do narcotráfico?
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