Caraíba volta a atrasar salários e propõe demissão em massa

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Os trabalhadores da Caraíba Metais, localizada em Dias d’Ávila, tornam-se protagonistas de uma história marcada por protestos e luta por direitos essenciais. Em meio a um cenário de recuperação judicial, a empresa, que já enfrentou sérias dificuldades financeiras, voltou a atrasar os salários de maio para 236 funcionários que se encontram em ‘lay off’, com contratos suspensos. Apenas uma pequena parte dos colaboradores segue ativa na produção, enquanto a maioria se mobiliza em busca de soluções.

Nos últimos dias, a porta da fábrica tornou-se um palco de resistência. Liderados por Ernandes Biset, diretor do sindicato dos metalúrgicos, eles impediram a entrada de ônibus e caminhões em uma mobilização fervorosa. A pressão fez com que representantes da empresa apresentassem uma proposta, mas as condições inaceitáveis geraram ainda mais indignação: o pagamento dos salários em aberto viria apenas se aceitassem ser demitidos em julho, com o pagamento das rescisões apenas em 2026, parcelado em 24 vezes.

A assembleia dos trabalhadores foi clara: somente negociarão demissões após receberem os salários devidos, e rejeitam a ideia de um parcelamento que se estenderia até 2028. A situação, que já era precária, agora se torna ainda mais angustiante, obrigando os colaboradores a lutarem intensamente por seus direitos.

A tensão aumentou quando Vítor Saback, presidente da Paranapanema, controladora da Caraíba Metais, foi convocado para uma audiência na Câmara de Vereadores de Dias d’Ávila, mas não compareceu. A mesa diretora considera acionar o Ministério Público para garantir que Saback preste os esclarecimentos necessários. Em meio a essa turbulência, rumores surgem sobre uma possível aquisição da Caraíba pela mineradora Vale, que poderia trazer uma nova perspectiva para a empresa.

Assim, no horizonte da Caraíba Metais, desenha-se um futuro cheio de incertezas. Os trabalhadores reafirmam que a luta por seus direitos continuará, até que suas vozes sejam ouvidas e suas realidades respeitadas. O que você faria em uma situação semelhante? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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