Filme baiano faz história e leva três prêmios em grande festival

Cena do filme Cais – Foto: Divulgação

Cais, dirigido por Safira Moreira e produzido por Flávia Santana, fez história ao levar três prêmios no festival curitibano Olhar de Cinema – o Prêmio do Júri Oficial, o Prêmio do Público e o Prêmio da Crítica. A consagração aconteceu na véspera do Dia do Cinema Nacional e soou como um verdadeiro tributo ao cinema baiano.

Esta obra-prima, fruto de uma cuidadosa produção da Mulungu Realizações Culturais em parceria com a Omnirá Filmes e a Giro Planejamento Cultural, já havia sido aclamada no Festival Internacional de Cine en Guadalajara, no México, e se prepara para brilhar em outros festivais, como o BlackStar Film Festival, na Filadélfia (EUA). Sublinhando seu prestígio, foi também premiado em 2024 no Sundance Documentary Fund, do renomado Sundance Institute.

Produção afiada em Cais

Safira Moreira com seu filho, Amani, a produtora do filme, Flávia Santana, e Nataly Pinho, responsável pela distribuição em festivais | Foto: Divulgação | Lina Sumizono

A produtora Flávia Santana celebra a consagração do filme, que tem um significado profundo. “Cais é sobre vida-morte-vida, uma jornada poética e sensível que compartilhamos desde 2018. No início, a ideia era reconstruir memórias familiares, mas a narrativa tomou um novo rumo ao enfrentarmos o adoecimento de dona Angélica Moreira”, revela Flávia.

Safira compartilha que a produção foi uma experiência intuitiva, onde uma equipe pequena viajou pela Bahia e Maranhão, capturando sonhos e memórias. “O filme foi se esculpindo ao longo do tempo, com o Rio Paraguaçu como guia”, explica a cineasta, refletindo sobre as emoções vividas durante a produção.

Importância do ‘Olhar’ para o cinema independente

Flávia também destaca a importância do Olhar de Cinema como um festival que valoriza as produções independentes. “Estrear aqui foi uma grande realização. O festival tem uma curadoria atenta e um público envolvente”, enfatiza. O reconhecimento através dos prêmios reflete a conexão do filme com sua audiência, especialmente o Prêmio do Público, que Flávia vê como a verdadeira premiação.

“Esses prêmios são uma validação do que estamos fazendo. O cinema toca as pessoas, e saber que conseguimos conectar nossas histórias com o público é o maior de todos os triunfos”, conclui Flávia.

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