Com a saída de figuras proeminentes como Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, o PL começa a reposicionar suas estratégias para as eleições de 2026. A debandada dos campeões de votos do partido paulista para o exterior revela a necessidade de novos nomes que possam atrair uma significativa bancada de deputados federais. Diferente das eleições para os altos cargos, como presidente e governador, os votos para deputado são contados de forma proporcional, abrindo espaço para estratégias diferenciadas.
Entre as apostas do PL, destaca-se Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente, que busca um espaço nas urnas. Valdemar Costa Neto, presidente do partido, também deve se candidatar a deputado federal, ampliando suas chances de manter a relevância do PL na Câmara.
Renato Bolsonaro deve sair como deputado federal em 2026.
Outra figura em ascensão é Lucas Pavanato, conhecido como “Nikolas de SP”, que teve uma forte performance nas eleições municipais e é considerado uma das principais promessas do PL. Em declaração, ele reafirmou seu compromisso com seu mandato atual, mas deixou claro que sua candidatura em 2026 dependerá das diretrizes do partido e da vontade de seus eleitores.
“Caso eu dispute as eleições para deputado federal, terei boas chances. Mas, neste momento, minha prioridade é o mandato de vereador… Estou à disposição”, disse Pavanato ao Metrópoles.
Os olhos do PL também estão voltados para outras personalidades, como a vereadora Zoe Martínez, além dos deputados Rosana Valle, Marco Feliciano, Gil Diniz e Major Mecca, todos citados como potenciais candidatos que poderiam renovar a bancada e trazer novos votos ao partido.
Debandada de campeões de voto
A saída de Zambelli e Eduardo, que juntos representaram quase 50% dos votos do partido em São Paulo, deixou um vazio significativo. Zambelli, a deputada mais votada pelo PL, enfrenta processos judiciais e se encontra foragida. Já Eduardo, licenciado e vivendo nos EUA, pode ter planos de candidatar-se ao Senado, mas isso não ajudaria seus colegas em uma possível renovação.
Outros deputados, como Ricardo Salles e Guilherme Derrite, também deixaram o PL, abrindo caminho para novas estratégicas e candidatos. Com esses desfalques, o PL busca urgentemente novos talentos que possam compensar os votos que se foram.
Bancada paulista do PL
- O PL conta com 16 deputados federais por São Paulo, além dos licenciados.
- O partido obteve 5,1 milhões de votos nas últimas eleições, representando 21,6% do total.
- Quase metade desses votos vieram dos quatro candidatos que não concorrerão em 2026.
“Quem tem os votos é o Bolsonaro”
Embora os novos nomes para 2026 possam não ter a mesma popularidade que os de 2022, a figura de Jair Bolsonaro continua a ser um trunfo para o partido. O deputado Antonio Carlos Rodrigues comentou que a força da legenda reside na presença de Bolsonaro, que ainda é visto como um líder influente no cenário eleitoral.
“Quem tem os votos é o Bolsonaro. Se os votos fossem deles, a gente se preocupava, mas é de quem o Bolsonaro indicar.”
O deputado Tenente Coimbra acredita que o PL terá a capacidade de manter a atual bancada. Além disso, há a expectativa de uma possível filiação de Tarcísio de Freitas, que pode impulsionar ainda mais a candidatura de novos integrantes no partido.
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